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Privatização da TAP: A proposta da Air France-KLM

O grupo Air France-KLM manifesta um forte interesse na privatização da TAP, delineando uma proposta que promete reforçar a companhia aérea portuguesa no Brasil e integrá-la numa rentável parceria transatlântica, mas impõe como condição o controlo total da gestão comercial.
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Benjamin Smith, CEO da Air France-KLM, afirmou que, embora uma decisão final ainda não tenha sido tomada, o grupo está muito interessado na TAP e avançará rapidamente com uma proposta.

A condição fundamental para o investimento é obter o controlo total sobre as decisões comerciais da companhia portuguesa, mesmo sem deter a maioria do capital.

Smith sugere um modelo em que o Estado português troque a sua participação na TAP por ações no grupo Air France-KLM, à semelhança do que acontece com os governos de França e dos Países Baixos.

Esta estrutura, segundo o CEO, garantiria a flexibilidade e a autonomia de gestão necessárias para operar num setor de margens baixas, sem interferência política.

Um dos principais benefícios estratégicos apresentados é a integração da TAP na lucrativa parceria transatlântica que a Air France-KLM mantém com a Delta.

Smith considera que uma das "grandes desvantagens" históricas da TAP foi nunca ter sido integrada numa 'joint-venture' deste tipo, apesar de pertencer à Star Alliance, o que limitou a sua rentabilidade.

A entrada nesta aliança, combinada com os valiosos 'slots' que a TAP detém em Lisboa, é vista como crucial para o crescimento da companhia.

O maior trunfo da TAP, segundo o grupo, é a sua liderança nas rotas entre a Europa e o Brasil, onde serve 14 destinos. A integração permitiria reforçar esta posição, combinando as redes da Air France-KLM, da TAP e das suas parceiras locais, como a Gol e a Azul, para criar uma "oferta inigualável" e tornar o grupo o maior operador a voar para a América Latina.

Outras sinergias incluem o desenvolvimento de serviços de manutenção e engenharia em Portugal, o investimento em combustíveis sustentáveis (SAF) e a possibilidade de instalar uma base da companhia 'low-cost' Transavia num aeroporto secundário português.

Relativamente aos concorrentes, Benjamin Smith vê "um risco elevado" numa aquisição pelo grupo IAG (dono da Iberia), antecipando dificuldades de aprovação pela Comissão Europeia e resistência do público português.

Admitiu ainda que seria muito difícil competir com uma eventual oferta de uma companhia do Médio Oriente, como a Qatar Airways, devido ao seu poder financeiro.

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