Futuro Financeiro da Madeira em Debate: Entre a Revisão da Lei e a Reforma Constitucional



A necessidade de rever o modelo de financiamento da Região Autónoma da Madeira é um tema central, com figuras políticas a apresentarem abordagens distintas. O debate, que teve lugar em eventos como as ‘Conferências da Autonomia’ na Universidade da Madeira, contrapõe a urgência de uma nova Lei das Finanças Regionais à prioridade de uma revisão constitucional. O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, defende que a solução para o que descreve como um “beco sem saída” no financiamento da Madeira passa obrigatoriamente por uma nova Lei das Finanças Regionais, mas que esta deve estar associada a uma Revisão da Constituição. Albuquerque antecipa que o processo enfrentará obstáculos devido à influência de “forças centralistas muito fortes” no país.
Uma perspetiva diferente é apresentada pelo antigo presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, que daria prioridade à revisão constitucional em detrimento da Lei das Finanças Regionais. Jardim considera que certas questões devem ser consagradas na Constituição e vê como um risco a existência de uma lei financeira comum às regiões da Madeira e dos Açores.
Por sua vez, o ex-ministro Fernando Medina aconselha prudência, sublinhando que a maior parte do financiamento da Região é gerado internamente. Medina defende que se devem valorizar os aspetos positivos da lei de 1998 e nota que alterações anteriores nem sempre beneficiaram as regiões, por vezes por falta de iniciativa dos próprios governos regionais.
Em contraponto ao discurso do executivo, o deputado do Juntos Pelo Povo (JPP), Filipe Sousa, critica o que considera ser uma “profunda desconexão entre o discurso triunfalista” do presidente do Governo e a realidade social da Madeira. Segundo o deputado, o sucesso proclamado pelo governo PSD/CDS beneficia apenas “meia dúzia de pessoas”, citando dados do Instituto Nacional de Estatística para suportar a sua crítica.
Artigos
6Política
Ver mais
Na sexta-feira o Procurador-Geral da República anunciou um despacho (de arquivamento ou de abertura de inquérito) até ao Natal

A CGTP convocou para este sábado uma ação de protesto contra as mais de 100 alterações propostas pelo governo ao atual pacote laboral

O candidato presidencial Luís Marques Mendes defendeu hoje que tudo deve ser feito evitar uma greve geral, recomendando diálogo ao Governo e sindicatos, mas recusando comentar as alterações à lei laboral. "Tudo deve ser feito para evitar greves", afirmou Luis Marques Mendes, sobre a possibilidade de ser convocada uma greve geral, acrescentando: se estamos a falar de greves por questões de natureza laboral, social, aquilo que eu recomendaria a todos é a mesa das negociações, é o diálogo social, é

Líder do PS pede que se “evite a interrupção e/ou perturbação dos seus percursos académicos, nos quais a República Portuguesa já tanto investiu”.










