menulogo
Notícias Agora
light modedark mode
Audio News Icon
notifications
Notificações
notifications
Nenhuma notificação por ler
user
Close

Inteligência Artificial redefine a liderança e o mercado de trabalho

A integração da Inteligência Artificial (IA) nas empresas transcende a dimensão tecnológica, impondo desafios fundamentalmente humanos e estratégicos que estão a transformar o perfil da liderança e a reconfigurar o mercado de trabalho para os recém-formados.
left
right
News ImageNews ImageNews Image

A adoção da Inteligência Artificial representa um dos maiores desafios para as organizações, sendo que os principais obstáculos não são tecnológicos, mas sim humanos, culturais e estratégicos.

Segundo Burcu Bicakci Ersoy, Partner na Egon Zehnder, os líderes empresariais receiam a perda de controlo, a desumanização dos processos e a exposição de fragilidades internas.

Um dos maiores equívocos é tratar a IA como um projeto puramente técnico, quando na verdade se trata de uma transformação que exige liderança, uma visão clara e uma mudança cultural profunda. As empresas que têm sucesso são aquelas que começam pela liderança, definindo onde a tecnologia pode criar valor e tratando a sua implementação como uma prioridade estratégica.

A IA está a alterar as competências valorizadas no mercado de trabalho.

A tecnologia automatizará tarefas analíticas, mas não substituirá a necessidade de qualidades humanas.

Profissionais e líderes do futuro precisarão de combinar a literacia em IA com maturidade humana, destacando-se pela capacidade de interpretar, questionar e assumir responsabilidade pelas implicações éticas da tecnologia.

Competências como o pensamento crítico, a empatia, a criatividade estratégica e a adaptabilidade tornam-se cruciais.

A formação da próxima geração deve, por isso, focar-se não só em capacidades técnicas, mas também no desenvolvimento do carácter e de uma visão humanista, preparando os profissionais para colaborar com a IA de forma a potenciar o seu próprio desempenho. O impacto da IA já se faz sentir no emprego jovem.

Nos EUA, grandes consultoras e auditoras, como a McKinsey e as "big four", congelaram os salários de entrada para recém-licenciados, em parte devido aos ganhos de produtividade obtidos com a IA.

O economista Marlon Francisco alerta que, se esta tendência chegar a Portugal, poderá resultar num cenário de "baixos salários permanentes".

No entanto, as principais auditoras a operar em Portugal, como a PwC e a KPMG, garantem que, para já, não existe um congelamento salarial motivado pela IA, embora admitam que os processos de recrutamento valorizem cada vez mais as competências digitais. Esta transformação digital alterou também o perfil do CEO, que passou de um modelo focado no controlo para um de orquestração de ecossistemas complexos de tecnologia, talento e dados.

O líder moderno deve ser também um "designer" da organização, promovendo estruturas ágeis e eliminando silos para acelerar a inovação.

Em suma, a liderança eficaz na era da IA exige a capacidade de unir a inteligência humana e a artificial para construir organizações mais resilientes e inovadoras.

Artigos

8
Explorar A seguir Resumos Fontes Ouvir
App Notícias Agora
Acompanhe todas as notícias de Portugal e do mundo de forma ainda mais fácil. Instale a nossa app gratuita!
Google Play App Store
Phones