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Alemanha, França e Reino Unido pedem cessar-fogo em Gaza

Alemanha, França e o Reino Unido emitiram um apelo conjunto para a suspensão imediata das operações militares israelitas na Cidade de Gaza, num momento de intensa atividade diplomática na ONU para uma solução do conflito.
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Num comunicado conjunto divulgado por Berlim, as diplomacias alemã, francesa e britânica pediram urgentemente "a suspensão imediata das operações militares israelitas na Cidade de Gaza".

O apelo surge após o anúncio da intensificação dos ataques à capital do enclave palestiniano, sublinhando que as operações estão a provocar deslocações em massa de civis, baixas civis e a destruição de infraestruturas críticas. Os três países europeus solicitaram também que seja permitido à ONU e às organizações não-governamentais (ONG) humanitárias trabalhar "em segurança e em grande escala em toda a Faixa de Gaza", incluindo a região norte do território.

Esta declaração foi emitida três dias após um ataque sem precedentes de Israel no Qatar, que visou altos dirigentes do Hamas.

Segundo o grupo islamita, o ataque teve como objetivo minar as negociações para uma trégua.

O apelo dos países europeus coincidiu com a aprovação, por larga maioria na Assembleia-Geral da ONU, de uma declaração que incentiva a solução de dois Estados e exclui o Hamas da futura gestão da Faixa de Gaza. A chamada 'Declaração de Nova Iorque', preparada por França e Arábia Saudita, foi aprovada com 142 votos a favor, incluindo Portugal, 10 contra (entre os quais Israel e os Estados Unidos) e 12 abstenções.

O texto aprovado na ONU, condenado por Israel e saudado pela Autoridade Palestiniana, defende medidas "tangíveis e irreversíveis" para alcançar um Estado palestiniano "independente, soberano, economicamente viável e democrático".

A declaração condena os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, exige a libertação de todos os reféns e estipula que o Hamas deve cessar o exercício da autoridade sobre Gaza e entregar as armas à Autoridade Palestiniana.

Vários países, como Portugal, Canadá e Austrália, preparam-se para reconhecer o Estado Palestiniano, uma medida que o Reino Unido também considerará. Em contrapartida, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que "não haverá Estado palestiniano".

O conflito já provocou mais de 64 mil mortos, na sua maioria civis, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e um desastre humanitário.

A ONU declarou a região da Cidade de Gaza em situação de fome, enquanto Israel avança com um plano militar para ocupar a capital do território.

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