Impulso à Inovação: Financiamentos e Aceleradores Potenciam a Modernização das Empresas Portuguesas

O tecido empresarial português está a receber um forte incentivo à modernização e digitalização, através de programas de financiamento regionais e aceleradores focados em tecnologia e internacionalização.

O programa regional Algarve 2030 lançou um concurso com uma dotação de 4 milhões de euros para apoiar a qualificação, modernização e digitalização das pequenas e médias empresas (PME) da região. A iniciativa, financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), oferece uma taxa máxima de cofinanciamento de 50% e tem como principal objetivo reforçar a competitividade das empresas algarvias, promovendo a inovação e a sua integração em cadeias de valor nacionais e internacionais. O aviso destina-se a apoiar projetos individuais de PME que invistam em, pelo menos, dois domínios imateriais de competitividade. As áreas elegíveis incluem a inovação organizacional, gestão e logística; a digitalização e transformação digital, que abrange automação, inteligência artificial, big data e cibersegurança; a criação de marcas e desenvolvimento de produtos; a certificação de qualidade; e a sustentabilidade, com foco na eficiência energética e hídrica. Cada candidatura deve apresentar um investimento mínimo de 100 mil euros, com um prazo máximo de execução de 24 meses. O processo de candidatura decorre em duas fases, com prazos a 31 de março de 2026 e 30 de junho de 2026, sendo as propostas submetidas através do Balcão dos Fundos.

Para além do apoio regional, existem outras iniciativas a nível nacional que visam impulsionar a inovação e a internacionalização.

O programa Cybertech Acceleration, por exemplo, está a recrutar startups de cibersegurança para as ajudar a expandir para os Estados Unidos, após uma primeira edição de sucesso.

Em Leiria, o Defense Accelerator, promovido pela Startup Leiria, procura capacitar até 20 startups e PME para entrarem no setor da defesa, ligando-as a entidades como a NATO e grandes empresas da indústria. Este ecossistema é ainda reforçado pela criação de um novo fundo de 5 milhões de euros da CoreAngels, destinado a investir em startups de defesa em Portugal e Espanha.