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Do Controlo dos Media à Propaganda de Estado: Estratégias de Comunicação Governamental em Foco

O controlo governamental sobre os meios de comunicação social e a narrativa pública emerge como um tema central, seja através da aquisição de jornais por aliados políticos na Hungria ou de acusações de gestão centralizada da informação em Portugal.
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Na Hungria, a aquisição do jornal mais lido do país, o tabloide Blikk, por um grupo mediático próximo do primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orbán, gerou choque e preocupação entre os jornalistas. A compra, efetuada a ex-proprietários suíços, é vista como um passo para cimentar ainda mais o controlo do governo sobre os meios de comunicação nacionais.

Este movimento ocorre a apenas cinco meses de eleições legislativas, num momento em que as sondagens indicam uma vantagem para a oposição, liderada por Péter Magyar.

Adicionalmente, o partido de Orbán retirou distritos eleitorais a Budapeste, uma área onde a oposição tradicionalmente obtém forte apoio. Em Portugal, um artigo de opinião de Eduardo Cabrita critica veementemente a estratégia de comunicação do governo de Luís Montenegro, descrevendo-a como uma “central de propaganda”. O autor acusa o executivo de se distanciar da comunicação social, evitar o escrutínio público e preferir declarações formais sem direito a perguntas.

Segundo o texto, o primeiro-ministro não concedeu nenhuma entrevista a um jornal em 18 meses de governação e montou uma equipa de comunicação com dezenas de elementos para controlar a informação oficial, por vezes fornecendo notícias e vídeos produzidos internamente em vez de permitir a cobertura jornalística independente. O artigo elenca vários casos de alegada desinformação ou falhas comunicacionais por parte de ministros.

Entre eles, uma declaração da ministra da Saúde sobre uma grávida falecida, informações sobre helicópteros do INEM, dados sobre alunos sem aulas, promessas sobre subsídios de apoio às rendas e anúncios do ministro Leitão Amaro sobre a notificação de imigrantes ilegais.

O autor destaca ainda a perda de 30 milhões de euros do PRR para a construção de centros para migrantes, um projeto que o governo tinha anunciado como prioritário. Devido a estas situações, o autor atribui simbolicamente o “Prémio Laranja Amarga” ao ministro Leitão Amaro, que acusa de ser o “ministro da propaganda”.

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