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UTAD obtém aprovação condicional para Medicina entre o otimismo regional e os desafios institucionais

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) recebeu luz verde condicional para a criação de um curso de Medicina, uma decisão celebrada como um marco para a coesão territorial, mas que enfrenta exigências de qualidade e a necessidade de resolver uma crise institucional interna.
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A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) aprovou, de forma condicional por um período de dois anos, a criação do Mestrado Integrado em Medicina na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O curso, desenvolvido em parceria com a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULS-TMAD), prevê a formação de 40 estudantes por ano, com o objetivo de reforçar os cuidados de saúde na região e fixar profissionais qualificados.

Para a reitoria da UTAD, esta aprovação representa um "marco fundamental e estratégico", reconhecendo a qualidade científica da instituição e o seu papel na coesão territorial.

A universidade compromete-se a abrir as vagas no ano letivo de 2026/27.

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) encara a nova oferta formativa como uma oportunidade estratégica para aliviar a sobrecarga de estudantes nas atuais escolas médicas do país. Paulo Simões Peres, presidente da ANEM, sugeriu que o curso de Vila Real pode permitir a redução de vagas noutras instituições através da transferência de candidatos, funcionando como uma "válvula de escape" para o sistema.

Apesar do otimismo, a ANEM e a Ordem dos Médicos levantam preocupações sobre a qualidade da formação.

Os estudantes exigem garantias, como o reforço do Departamento de Educação Médica na A3ES e a criação de um centro de simulação de alta qualidade na UTAD, para que os alunos possam praticar em ambiente controlado. A escassez nacional de clínicos e, em particular, de docentes doutorados, é apontada como um desafio que pode "comprometer a formação" se não for devidamente acautelado.

O futuro do curso está também dependente da resolução de uma "crise institucional grave" na UTAD. O Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, garantiu o apoio orçamental do Governo, mas condicionou a sua viabilidade à realização de eleições para o conselho geral da universidade.

O ministro foi claro ao afirmar que, sem a resolução desta situação, "o curso de medicina não vai poder funcionar em 26/27".

O plano de estudos do novo mestrado aposta no ensino em pequenos grupos e na análise de casos clínicos. Para contornar a dispersão geográfica dos locais de estágio, que incluem os hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego, bem como 23 centros de saúde, foi preparado um sistema de transportes para os estudantes.

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