BCE Mantém Juros em 2%: A Estratégia de Prudência Apoiada por Lisboa e Desafiada pela Política Americana



O Banco Central Europeu (BCE) optou, pela terceira reunião consecutiva, por manter as suas taxas de juro de referência inalteradas em 2%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a política monetária se encontra “numa boa posição” para enfrentar eventuais choques, uma visão partilhada pelo novo governador do Banco de Portugal (BdP), Álvaro Santos Pereira, que participou pela primeira vez na reunião. Álvaro Santos Pereira, que sucedeu a Mário Centeno no início do mês, considerou a manutenção dos juros como “a decisão certa”.
Em declarações em Coimbra, o antigo ministro da Economia explicou que esta medida permite salvaguardar uma margem de manobra para reagir a futuros choques económicos, recordando os que a zona euro enfrentou recentemente, como a pandemia, a crise energética e as tarifas dos EUA. Salientou ainda que a política monetária cumpriu o seu objetivo de estabilização de preços, controlando a inflação que anteriormente tinha provocado a perda de poder de compra, e que esta se encontra agora no objetivo de 2%. A decisão do BCE surge num contexto de crescimento económico modesto mas acima do esperado na zona euro, que registou uma expansão de 0,2% no terceiro trimestre. Esta abordagem contrasta com a da Reserva Federal (Fed) dos EUA, que, no dia anterior, decidiu cortar as taxas de juro para o intervalo entre 3,75% e 4%, uma decisão que não foi unânime e que ocorre num cenário de forte pressão por parte da administração norte-americana para a adoção de uma política expansionista. No plano nacional, a chegada de Álvaro Santos Pereira ao BdP ocorre num período de grandes desafios para o sistema financeiro, que incluem a digitalização, a inteligência artificial, a instabilidade geopolítica e a necessidade de manter a confiança e a estabilidade.
Aproveitando o Dia da Poupança para dar uma aula sobre literacia financeira, o governador destacou a importância de melhorar os índices nesta área em Portugal, que considera “bastante baixos” em comparação com outros países.
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