O Adeus à 'Amiga Olga': Portugal Despede-se da Voz que Marcou Gerações



A comunicadora Olga Cardoso, conhecida por várias gerações como "A Amiga Olga", faleceu na madrugada de quarta-feira, 3 de dezembro, aos 91 anos.
A antiga radialista e apresentadora estava internada no Hospital de São João, no Porto, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) no início da semana.
Olga Cardoso vivia com doença de Parkinson há cerca de 11 anos.
A notícia da sua morte foi confirmada por António Sala, seu companheiro de rádio durante quase duas décadas, que expressou ter o "coração partido".
Nascida em Miragaia, no Porto, Olga Cardoso iniciou a sua carreira na comunicação em 1949, com apenas 15 anos, ao dar voz a novelas radiofónicas.
Em 1964, ingressou na Rádio Renascença, onde se tornou uma das vozes mais emblemáticas do país.
O auge da sua popularidade na rádio foi alcançado com o programa matinal "Despertar", que apresentou ao lado de António Sala durante 17 anos e que se tornou um fenómeno de audiências, acompanhando as manhãs de milhares de portugueses.
Em 1993, aos 59 anos, Olga Cardoso estreou-se na televisão, na TVI, com o concurso "A Amiga Olga".
O programa, que esteve no ar até 1994, foi um enorme sucesso e consolidou a sua imagem como uma figura próxima e familiar para o grande público.
A sua morte gerou uma onda de homenagens. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou-a como uma "figura notável" e uma "companheira diária" para muitos portugueses, destacando o seu "traço de simpatia e amizade".
Figuras como João Baião e o escritor Pedro Chagas Freitas também lamentaram a sua perda, enaltecendo a sua autenticidade, dignidade e a influência positiva que exerceu na comunicação em Portugal.










