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Angola: Meio Século de Independência Entre a Celebração da Paz e os Desafios do Futuro

Ao assinalar 50 anos de independência, Angola reflete sobre um percurso marcado pela conquista da paz, mas também por desafios económicos persistentes e promessas democráticas por cumprir.
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Angola comemora, a 11 de novembro, o 50.º aniversário da sua independência, proclamada em 1975 sob a liderança do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido que governa o país desde então.

As celebrações oficiais contrastam com apelos a uma reflexão crítica sobre os problemas que persistem.

O antigo primeiro-ministro Marcolino Moco considera as festividades uma "grande oportunidade" perdida para debater as dificuldades vividas pelos angolanos, descrevendo como um paradoxo ter lutado contra a opressão e a má distribuição da riqueza para, em certos aspetos, "fazer pior".

Do ponto de vista económico, o Banco Mundial sublinha a urgência da diversificação para reduzir a dependência do petróleo. Juan Carlos Alvarez, representante da instituição, aponta que, apesar de ser um dos países mais ricos da África subsariana, Angola apresenta indicadores de pobreza, saúde e educação de nações de baixo rendimento.

A instituição defende a transição para um modelo económico baseado no setor privado, com foco no agronegócio comercial. Um dos maiores desafios é o desenvolvimento do capital humano, especialmente com 1,3 milhões de jovens a entrar anualmente no mercado de trabalho. O Banco Mundial tem em curso 17 projetos no país, com um financiamento total superior a 4,3 mil milhões de dólares, tendo a sua relação com o país intensificado-se desde 2019. No plano político, Marcolino Moco critica o que considera ser a manutenção de um "Estado de partido único" na prática, apesar de formalmente ser um Estado democrático e de direito.

Segundo o antigo governante, não existe um escrutínio efetivo do poder, com os tribunais desautorizados e a comunicação social controlada.

Moco denuncia ainda a existência de "prisioneiros de consciência", maioritariamente jovens, que são tratados com uma "crueldade" que compara desfavoravelmente com o período colonial.

A crítica central reside no monopólio político do MPLA, considerado um exemplo de "resiliência do regime autoritário".

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