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Angola será autossuficiente em refinados com conclusão das refinarias

O setor energético angolano está em destaque, com uma missão empresarial francesa a explorar novas oportunidades de negócio, enquanto o país inaugura infraestruturas estratégicas para alcançar a autossuficiência na refinação de petróleo.
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Uma missão empresarial francesa, composta por dez empresas do setor da energia, encontra-se em Angola para avaliar oportunidades de negócio e estabelecer uma presença no país. Organizada pela Business France e pela EVOLEN, a visita decorre em paralelo com a conferência internacional Angola Oil&Gas 2025, em Luanda, e visa reforçar a presença francesa no setor, com foco na inovação e descarbonização.

Segundo a embaixadora de França em Angola, Sophie Aubert, o objetivo é que estas empresas, maioritariamente ligadas ao setor petrolífero, se instalem e desenvolvam os seus negócios no mercado angolano. A França já detém uma presença económica significativa em Angola, com o investimento a ultrapassar os 18 mil milhões de dólares. Operam no país entre 110 a 120 empresas francesas, que geram um volume de negócios anual de cerca de seis mil milhões de euros e empregam aproximadamente 30 mil pessoas, posicionando a França como o terceiro maior empregador privado em Angola.

A petrolífera TotalEnergies lidera este investimento, sendo a maior operadora do setor no país.

A embaixadora Sophie Aubert destacou que a "previsibilidade" e a celeridade dos processos são essenciais para atrair mais investimento.

Esta missão empresarial reflete também o estreitamento das relações diplomáticas entre os dois países, evidenciado por visitas de Estado recíprocas e pela adesão de Angola à Organização Internacional da Francofonia em outubro de 2024.

Simultaneamente, Angola avança com a sua estratégia para atingir a autossuficiência na produção de combustíveis refinados. O Presidente João Lourenço inaugurou a refinaria de Cabinda, um investimento de mais de 473 milhões de dólares, fruto de uma parceria entre a Gemcorp (90%) e a estatal Sonangol (10%). A infraestrutura, que já criou 3.300 postos de trabalho, terá uma capacidade inicial de processamento de 30.000 barris de petróleo por dia, prevendo-se que atinja os 60.000 barris.

A refinaria irá produzir gasóleo, combustível de avião, fuel e nafta, visando abastecer o mercado interno e reduzir a dependência das importações.

O chefe de Estado angolano sublinhou que a autossuficiência será alcançada com a conclusão de mais duas refinarias: a do Soyo, cujas obras serão retomadas apesar dos constrangimentos, e a do Lobito.

Com a produção excedente, Angola perspetiva exportar produtos refinados, apontando a República Democrática do Congo como um potencial mercado.

Para impulsionar este segmento industrial, o governo aprovou incentivos fiscais em 2021, como os concedidos à Gemcorp, e admite estendê-los a outros investidores, como os da refinaria do Lobito.

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