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A Viragem à Direita na América Latina: A Vitória de Kast no Chile e o Efeito Milei

A eleição de José Antonio Kast no Chile marca um ponto de viragem para o país e reflete uma tendência crescente de ascensão da direita radical na América Latina, impulsionada por figuras como Javier Milei e por uma nova estratégia de segurança dos EUA.
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A eleição de José Antonio Kast, da direita radical, como novo Presidente do Chile, com 58% dos votos, assinala uma mudança significativa no panorama político do país e da América do Sul. Na sua terceira candidatura presidencial, Kast derrotou a candidata de esquerda, Jeannette Jara, que obteve 42%, capitalizando as preocupações dos eleitores com o aumento da criminalidade e da imigração. A sua campanha, que usou o lema 'Make Chile Great Again', propôs a construção de muros na fronteira, o envio de militares para zonas de alta criminalidade e a deportação de imigrantes ilegais.

Kast é o primeiro apoiante do ditador Augusto Pinochet a chegar ao poder democraticamente desde o fim do regime.

A vitória de Kast insere-se numa tendência mais ampla de ascensão da direita na América Latina, influenciada pelo que os analistas descrevem como o 'fenómeno Milei', em referência ao presidente argentino Javier Milei.

Este movimento inclui também as vitórias de Daniel Noboa no Equador e Nayib Bukele em El Salvador, equilibrando o xadrez ideológico do continente, que passa a ter seis dos doze países sul-americanos governados pela direita.

A nova estratégia de segurança dos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump, vista como uma reedição da Doutrina Monroe, é apontada como outro fator de alavancagem para esta corrente política, com a Argentina a beneficiar de um acordo comercial privilegiado. Reforçando esta nova aliança regional, uma das primeiras ações de Kast como presidente eleito foi visitar a Argentina para se reunir com Javier Milei, que o felicitou por dar 'mais um passo' em defesa da liberdade na região. A eleição gerou reações diversas: enquanto líderes como António Costa felicitaram Kast, destacando a força da democracia chilena, o ex-ministro chileno Roberto Ampuero procurou moderar a sua imagem, descrevendo-o não como de 'extrema-direita', mas como um 'conservador' e 'católico' com uma mensagem de 'união nacional'.

Este novo cenário político lança também um olhar sobre o futuro do Brasil, a maior economia da região.

Com as eleições presidenciais de 2026 no horizonte, analistas e parlamentares brasileiros apontam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como o candidato mais viável para unir a direita e desafiar o atual presidente, Lula da Silva, caso Jair Bolsonaro permaneça inelegível.

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