Retrocesso Histórico: A Oposição de António Filipe à Reforma Laboral do Governo



O candidato presidencial António Filipe manifestou em Setúbal a sua veemente oposição à proposta de alteração do código do trabalho apresentada pelo Governo, apelidando-a de um 'retrocesso histórico'. Segundo Filipe, a reforma visa colocar o direito do trabalho ao serviço do patronato e 'liquidar quaisquer direitos dos trabalhadores', contrariando o propósito original da legislação laboral, que foi criada para corrigir a desigualdade económica entre empregadores e empregados.
A crítica central de António Filipe incide sobre o que considera ser uma 'liberalização dos despedimentos'.
Ele argumenta que a proposta põe em causa o direito fundamental à reintegração de um trabalhador após um despedimento ilegal, mesmo que um tribunal o declare como tal. O candidato presidencial sublinhou que a medida enfrenta um 'repúdio generalizado' por parte de trabalhadores e sindicatos, exemplificado por uma 'grandiosa manifestação' em Lisboa.
Adicionalmente, destacou que esta matéria não constava do programa eleitoral da AD, defendendo que o Governo deveria, por isso, 'simplesmente, retirar esta proposta'.
Na sua qualidade de candidato a Presidente da República, Filipe expressou a esperança de que a proposta seja derrotada antes das eleições de 18 de janeiro.
Reagiu também às declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que, na Colômbia, considerou 'incompreensível' a greve geral convocada pela CGTP e UGT.
António Filipe classificou estas afirmações como 'lamentáveis', defendendo o direito à greve como um direito fundamental e lembrando que esta representa um sacrifício para os trabalhadores.
A proposta em questão, designada 'Trabalho XXI' e apresentada a 24 de julho, é descrita pelo Governo como uma revisão 'profunda' da legislação. As alterações abrangem áreas como a parentalidade, o trabalho flexível, a formação profissional, os períodos experimentais e o alargamento dos setores abrangidos por serviços mínimos em caso de greve.
Artigos
4Política
Ver mais
Rui Caetano, nomeado presidente dos SMAS, mantém relação amorosa com Eunice Baeta, vereadora eleita pela IL.

Montenegro dramatiza discussão na especialidade, colocando na oposição o ónus de salvaguardar as contas públicas.

O cano verte, nós desenrascamos e aguenta mais uns tempos - poupamos uns trocos. Somos os maiores! Mas, esse espírito vai desde a canalização ao governo, dá-se um jeitinho e logo se vê.

A greve deve causar dano para impedir o retrocesso civilizacional. Faz sentido, principalmente quando os danos são causados a outras pessoas, porque ficam sem transportes, sem consultas, sem creches.



