Vitória de Guimarães acusa FPF de gestão exclusiva e de privilegiar um "círculo de quatro"



Numa nota enviada às redações, o presidente do Vitória Sport Clube, António Miguel Cardoso, acusou a Federação Portuguesa de Futebol de não resolver os "problemas demasiado graves" que o futebol português atravessa, nomeadamente na arbitragem e noutros dossiês.
O dirigente alega que a FPF não ouve a maioria dos clubes filiados, perpetuando um "silêncio" prejudicial para a modalidade.
A principal crítica de Cardoso foca-se no que descreve como um "pequeno círculo conveniente de quatro", referindo-se a Sporting, Benfica, FC Porto e Sporting de Braga.
Segundo o presidente vitoriano, sempre que surge uma crise, o modus operandi da FPF consiste em reunir-se apenas com estes quatro clubes, deixando a maioria afastada das decisões.
Cardoso afirma que "os antigos almoços dos quatro na Liga passam agora para a FPF", sugerindo que esta prática de exclusividade, que já acontecia na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), se transferiu para a federação sob a nova presidência de Pedro Proença, eleito em fevereiro de 2025. Estas declarações ecoam críticas anteriores feitas por António Miguel Cardoso em outubro de 2024, após uma derrota por 2-1 contra o Sporting de Braga para a Taça da Liga.
Na altura, considerou o penálti que ditou o resultado "absolutamente escandaloso" e já havia mencionado um almoço entre os presidentes dos referidos quatro clubes na antecâmara da época 2024/25, durante a final da Supertaça, como o início deste padrão de comportamento.
Os artigos recordam ainda que, nas eleições para a FPF, o Vitória SC manifestou apoio a Nuno Lobo, o candidato derrotado por Pedro Proença.


















