A Revolução da Inteligência Artificial: Empresas Aceleram Adoção Entre Oportunidades e Desafios



A adoção da Inteligência Artificial (IA) pelas empresas está a atravessar uma fase de aceleração massiva, abandonando a etapa experimental para se focar na integração operacional e na escalabilidade. Um estudo da Salesforce revela que a implementação plena de IA cresceu 282% em 2025, sinalizando uma mudança de paradigma comparável à construção da Internet. Esta transição é vista como uma nova era de transformação, onde surgirão negócios inteiramente baseados em IA, capazes de aprender e adaptar-se continuamente.
Esta evolução está a redefinir o papel dos Chief Information Officers (CIO), que agora necessitam de competências para além da técnica, como liderança, comunicação e gestão da mudança, para alinhar executivos e integrar a IA nos processos diários.
A colaboração interna também se expande, com os CIO a trabalharem mais de perto com áreas como o atendimento ao cliente, onde os agentes de IA já demonstram resultados mensuráveis. Empresas como a TMG Automotive já utilizam a IA para otimizar o uso de matérias-primas, realizar manutenção preditiva e eliminar tarefas repetitivas e de baixo valor, que descrevem como “empregos de tédio”.
Contudo, a aplicação em ambiente industrial, como no caso da Logoplaste, revela-se mais complexa e demorada do que em tarefas administrativas.
Apesar do otimismo e do aumento da confiança dos CIO nas suas capacidades, persistem desafios significativos.
A segurança, a privacidade e a fiabilidade dos dados continuam a ser as maiores preocupações, com apenas 23% dos CIO a confiarem totalmente na governação de dados dos seus investimentos em IA.
A par destas questões, surge também a preocupação com o impacto ambiental da revolução tecnológica.
A transformação impulsionada pela IA é, fundamentalmente, humana.
A tecnologia substitui tarefas rotineiras, libertando os colaboradores para se focarem em capacidades que as máquinas não replicam: empatia, criatividade e juízo ético.
O futuro pertencerá não a quem domina a tecnologia, mas a quem lhe consegue dar um propósito humano.
Em Portugal, o compromisso com a modernização digital é visível em iniciativas como a formação em IA promovida pela APECATE para o setor do turismo e eventos, e o Encontro Ibérico de Parques de Ciência e Tecnologia, que debateu o impacto de tecnologias imersivas, reforçando a cooperação ibérica através do “Manifesto de Évora”.







