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Comunidade portuguesa na Venezuela adapta tradições de Natal à crise económica

Apesar da profunda crise política, económica e social que assola a Venezuela, a comunidade portuguesa no país esforça-se por manter vivas as tradições natalícias, adaptando a ceia às dificuldades financeiras.
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A comunidade luso-venezuelana continua a celebrar o Natal com uma mistura de iguarias portuguesas e locais, embora a crise económica obrigue a ajustes significativos.

O bacalhau, tradicionalmente o prato principal da ceia, mantém o seu estatuto de “rei”, mas é consumido em porções mais reduzidas devido ao seu elevado custo, que varia entre 50 e 65 dólares por quilograma. Em consequência, pratos como a carne de porco e de vitela, com um preço a rondar os 15 dólares por quilo, ganham cada vez mais destaque na mesa de Natal. Antigamente, a ceia era dominada por pratos como o bacalhau, as filhós, as broas de mel e a carne vinha d'alhos.

Hoje, estes partilham o espaço com especialidades venezuelanas como o pernil de porco, o pão de fiambre e a “hayaca”.

Apesar das dificuldades, alguns portugueses, como Maria Castro, continuam a produzir e a vender doces tradicionais, como as broas de mel, notando que a procura se mantém, ainda que as quantidades compradas sejam menores.

A tradição persiste, mesmo que com menos fartura.

A crise também alterou a dinâmica social das celebrações.

A emigração de familiares e amigos resultou em reuniões mais pequenas e reservadas, como relata a costureira Lucinda Gomes, que agora celebra apenas com o marido, recorrendo à tecnologia para se conectar com os filhos que partiram. As dificuldades estendem-se às viagens, com a suspensão de voos diretos para Portugal e o aumento dos preços das passagens a forçar o cancelamento de viagens planeadas, como foi o caso de Lourdes Silva, que não visita a Madeira há cinco anos.

O ambiente comercial em Caracas reflete a situação económica do país.

Segundo comerciantes locais, embora se observe um maior movimento de pessoas nos centros comerciais durante a época festiva, as vendas são inferiores às de anos anteriores. Os consumidores queixam-se da inflação galopante e da perda de poder de compra, o que demonstra que a economia venezuelana continua “ressentida”.

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