
Juiz relator declara Jair Bolsonaro culpado por tentar golpe de Estado



No Dia da Independência do Brasil, milhares de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro saíram à rua em diversas cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis, para protestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e pedir a amnistia para os acusados de tentativa de golpe de Estado. As manifestações, que antecedem a última semana do julgamento de Bolsonaro, foram lideradas pela sua família. Os seus filhos Flávio e Carlos Bolsonaro estiveram no Rio de Janeiro, com o primeiro a afirmar que o juiz relator do processo, Alexandre de Moraes, "foi longe demais".
Carlos juntou-se depois ao irmão Renan em Florianópolis.
A mulher do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, discursou na Avenida Paulista, em São Paulo, afirmando que a nação "será livre dessa ditadura judicial".
Os protestos contaram com a presença dos governadores do Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O deputado Eduardo Bolsonaro, outro dos filhos, reagiu a partir dos Estados Unidos, onde se encontra a trabalhar em prol do pai, agradecendo o apoio de Donald Trump. O julgamento, que entra na sua fase final, envolve Jair Bolsonaro e outros sete réus que compõem o "Núcleo 1", acusados de tentativa de abolição violenta do Estado de Direito Democrático, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património. A decisão será tomada por cinco juízes da Primeira Turma do STF, sendo necessária uma maioria de votos para a condenação ou absolvição. A defesa poderá recorrer de eventuais contradições e, caso o resultado seja de três a dois, poderá ainda levar o caso ao plenário do STF, composto por 11 juízes.
Paralelamente, ecoam em Portugal outros processos judiciais brasileiros.
O publicitário André Gustavo, condenado a seis anos e meio de prisão no âmbito da operação 'Lava Jato', é uma figura central na campanha de Luís Filipe Menezes para a presidência da Câmara Municipal de Gaia.
André Gustavo teve a sua pena transformada em regime semiaberto pelo juiz Sérgio Moro como recompensa pela sua colaboração no processo contra Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras.
O publicitário foi acusado de intermediar subornos da Odebrecht para Bendine e para três senadores do PMDB.
A sua ligação a Portugal é antiga, tendo já trabalhado em campanhas anteriores de Menezes e com o PSD entre 2011 e 2017.
O seu nome surgiu também numa investigação sobre um eventual suborno da Odebrecht relacionado com a construção de uma barragem da EDP.
A assessoria de Luís Filipe Menezes não comentou o assunto.
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