
O Estado das Exportações Portuguesas: Contração Recente e o Papel do Retalho



O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou uma contração de 11,3% nas exportações de bens em julho, em termos homólogos.
O ministro Castro Almeida justificou esta queda com “meses atípicos” resultantes da “agitação no comércio internacional por causa das tarifas americanas”. Segundo o ministro, esta quebra foi antecedida por um aumento extraordinário das exportações e acredita que a situação voltará à normalidade.
Como solução, o Governo defende a diversificação de mercados.
Durante uma visita ao Japão, Castro Almeida sublinhou a intenção de relançar as relações comerciais, atualmente “bastante débeis”, com o país.
O objetivo é aumentar as exportações portuguesas, nomeadamente nos setores agroalimentar, farmacêutico e de biotecnologia, e captar investimento direto japonês, sobretudo na área das energias renováveis.
A elevação das relações a uma parceria estratégica visa gerar confiança e credibilidade junto dos investidores.
Em contraste com a quebra geral, um estudo da consultora Forvis Mazars, apresentado na conferência “Portugal Exporta – O futuro são os nossos produtos”, revela o impacto positivo do Lidl nas exportações.
Na última década, a atividade exportadora da retalhista gerou um contributo acumulado de 1.450 milhões de euros para a economia portuguesa. As exportações facilitadas pela empresa cresceram de um milhão de euros em 2014 para 163 milhões em 2024, um crescimento médio anual de 62%. No total, o valor dos produtos nacionais exportados através do Lidl atingiu 773 milhões de euros no período.
Este desempenho assenta numa parceria com cerca de 100 fornecedores nacionais, que exportam mais de uma centena de artigos para mercados como Alemanha, Espanha, França, Reino Unido e Bélgica. A categoria de frutas e legumes é a principal, com 217 mil toneladas exportadas na última década, no valor de 212 milhões de euros.
Só no último ano, as exportações apoiadas pelo Lidl representaram 1,9% do total das exportações portuguesas de produtos alimentares para a União Europeia. O estudo destaca ainda o forte apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME), que foram responsáveis por 78% das exportações facilitadas pelo Lidl.
Estima-se que esta atividade tenha permitido criar e manter cerca de 6.700 postos de trabalho em Portugal nos últimos dez anos, demonstrando o papel da empresa na dinamização da economia local e na internacionalização de pequenos e médios produtores.
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