Portugal e o Espelho da Imigração: Entre a Retórica Xenófoba e a Memória Histórica



O debate sobre a imigração em Portugal foi intensificado por cartazes do partido Chega, considerados de "péssimo gosto", que visavam a comunidade do Bangladesh. A iniciativa gerou reações de choque, como a de uma professora portuguesa a viver em Daca, que se manifestou incrédula com a situação. Na mesma linha, Ana Paula Costa, presidente da Casa do Brasil de Lisboa, afirma que "as pessoas imigrantes têm sido usadas para expiar muitos dos problemas sociais do país", alertando para o perigo de se estar a viver "um atentado a direitos conquistados". Segundo Costa, o discurso de ódio não deve ser confundido com liberdade de expressão, defendendo a necessidade de regulamentação nas redes sociais para combater este fenómeno. A narrativa de uma "invasão" por parte de imigrantes bengalis é contrastada com a memória histórica.
Um dos artigos recorda que, no século XVI, foram os portugueses que invadiram o território que é hoje o Bangladesh, então o Estado de Bengala.
A presença portuguesa na região foi marcada por "façanhas arrepiantes", movida pela "ambição de glória e cupidez de enriquecer rapidamente".
Esta inversão histórica sublinha a ironia do discurso xenófobo atual, que ignora o passado expansionista de Portugal no Oriente.
A realidade da integração da comunidade do Bangladesh em Lisboa contradiz a ideia de que são um corpo estranho. A reportagem na Rua do Benformoso descreve como os 22 restaurantes do Bangladesh, como o "Bangla", são parte integrante da identidade da cidade, coexistindo com espaços tradicionais como a Casa da Covilhã. Figuras como o músico e poeta Mostafa Anwar Swapan são apresentadas como personalidades conhecidas e integradas na vida da capital.
No entanto, o artigo alerta para um sentimento crescente de que Portugal "já não é um país acolhedor", refletido em episódios de xenofobia que procuram fazer o outro sentir-se um estranho.
Para além do discurso político, são apontadas as dificuldades reais enfrentadas pelos imigrantes.
Muitos chegam a pagar até 20 mil euros por um visto através de "agentes", vulgarmente conhecidos como máfia, para realizar o "sonho europeu", que se traduz em trabalhar arduamente e lutar pela legalização.
A situação é vista como um reflexo de uma tática política mais ampla, presente também noutros países como o próprio Bangladesh, onde um partido local "vende o seu peixe jogando com o medo que as pessoas têm da mudança e do futuro".
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