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Devolução de Missal Romano por parte da Argentina a Portugal

A Argentina restituiu a Portugal um valioso Missal Romano do século XVIII, roubado do Palácio Nacional de Sintra há mais de duas décadas, num ato que reforça a cooperação internacional na proteção do património cultural.
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A República Argentina devolveu a Portugal um exemplar do 'Missale Romanum' de 1727, uma peça de grande valor histórico que havia sido roubada do Palácio Nacional de Sintra em 1997. A recuperação do objeto foi efetuada pela Polícia Federal Argentina em 2021, culminando num ato formal de restituição na Embaixada de Portugal na Argentina. O missal, impresso em Veneza pela 'Typographia Balleoniana' segundo as diretrizes do Concílio de Trento, foi reconhecido pelos papas Clemente VIII e Urbano VIII. A descoberta do artefacto ocorreu em 2021, quando o Departamento de Alfândega da Argentina, no Aeroporto Internacional de Buenos Aires, detetou o envio de um documento histórico suspeito. A investigação subsequente, liderada pelo Departamento de Proteção do Património Cultural da Polícia Federal, resultou numa operação de busca e apreensão a um estabelecimento comercial. Nessa operação foram apreendidos 300 bens culturais, incluindo o Missal Romano, que constava como roubado na base de dados da Interpol. A cerimónia de devolução contou com a presença do subcomissário Gerardo Damián Vogel, que descreveu o ato como a devolução de "um pedaço da identidade portuguesa", e do embaixador português Gonçalo Teles Gomes, que sublinhou a importância da cooperação internacional e o valor histórico acrescido que a peça agora possui.

Ambos os representantes destacaram que a restituição fortalece os laços entre as duas nações e representa um respeito mútuo pela História.

Após a entrega, o missal foi colocado sob a responsabilidade da embaixada para ser avaliado e, se necessário, restaurado antes do seu envio para Portugal por mala diplomática.

A operação será coordenada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Parques de Sintra.

Este evento insere-se num esforço mais amplo da Argentina, que se destaca como um dos países que mais peças de património cultural restituiu nos últimos anos, combatendo o tráfico destes bens, considerado o quarto maior delito no comércio ilícito internacional.

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