
A Instrumentalização Política do Assassinato de Charlie Kirk



O assassinato do influenciador e ativista conservador Charlie Kirk, a 10 de setembro, desencadeou uma forte reação política nos Estados Unidos.
A cerimónia fúnebre, que se realizou no estádio State Farm, no Arizona, contou com a presença de cerca de 73 mil pessoas e foi liderada pelo ex-presidente Donald Trump, que a transformou num comício político.
Durante o seu discurso, Trump descreveu o assassinato de Kirk como "um ataque contra toda a nação" e contra "as liberdades mais sagradas e os direitos fundamentais concedidos por Deus".
O evento, descrito como uma mistura entre comício e missa campal, foi apelidado de "a apoteose MAGA do ano". Nele, foram feitas comparações entre a vida de Kirk e a de Jesus Cristo, e promessas de um regresso da "América cristã".
Trump aproveitou a ocasião para apelar à "restauração da religião" e para atacar os seus oponentes, afirmando: "Odeio os meus adversários e não quero o melhor para eles".
Na sequência do assassinato, Donald Trump tomou medidas concretas, assinando uma ordem executiva para classificar o movimento Antifa como uma organização terrorista doméstica.
Esta ação foi justificada como uma resposta direta à morte do ativista, que ocorreu durante um evento público numa universidade em Utah.
Analistas, como Ricardo Monteiro da CNN Portugal, consideram que a utilização do funeral de Kirk serve para "legitimar a cavalgada para transformar os EUA num regime autocrático". O assassinato gerou também uma onda de pessimismo entre os americanos, com consequências políticas negativas para Trump.
A cerimónia serviu a Trump e a membros do seu gabinete como justificação para atacar vozes dissidentes da sua corrente de conservadorismo.
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