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Tribunal quer investigar insolvência da dona da Visão e perceber se há culpas a atribuir

O futuro da Trust in News, empresa detentora de títulos como a Visão e a Exame, está em suspenso enquanto o tribunal investiga as causas da sua insolvência e uma nova assembleia de credores se prepara para decidir os próximos passos.
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O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste – Sintra ordenou uma investigação à insolvência da Trust in News (TiN), proprietária de publicações como a Visão, Exame e Caras. A empresa foi declarada insolvente a 4 de dezembro com dívidas a ascender aos 30 milhões de euros. Através de um “incidente de qualificação de insolvência”, uma decisão irrecorrível, a juíza Diana Martins pretende apurar se as causas da insolvência foram “fortuitas” ou “culposas”, ou seja, se houve responsabilidade por parte da gestão, onde Luís Delgado figura como acionista único.

Este desenvolvimento surge após um percurso judicial complexo.

Um plano de insolvência apresentado por Luís Delgado, que previa um aporte de até 1,5 milhões de euros, foi aprovado a 27 de maio por 77% dos credores. Contudo, a 18 de julho, o tribunal recusou a homologação do plano, considerando-o desequilibrado para os credores, e determinou o encerramento da atividade da empresa. Esta decisão de encerramento foi posteriormente suspensa a 8 de agosto, na sequência de um requerimento apresentado a 28 de julho.

Entretanto, Luís Delgado recorreu da não homologação do plano, recurso que foi admitido pelo tribunal mas sem efeito suspensivo.

Na sequência destes eventos, foi marcada uma nova assembleia de credores para o dia 22 de setembro. A reunião visa discutir a liquidação do património da empresa ou a aprovação de um eventual plano de recuperação global que permita a continuidade da atividade até a uma venda definitiva. A convocatória desta assembleia partiu de um pedido de onze trabalhadores da Visão, incluindo o diretor, que propõem duas alternativas: a homologação do plano de insolvência original, excluindo a cláusula que o tribunal considerou ilegal, ou, caso não seja viável, a manutenção da revista em funções sob a gestão do administrador de insolvência até à sua venda. Este grupo de jornalistas está também a analisar a possibilidade de formar uma associação para adquirir o título.

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