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Médio Oriente: Israel condena “decisão vergonhosa” da ONU sobre dois Estados

A Assembleia Geral da ONU aprovou por larga maioria uma declaração de apoio à solução de dois Estados, uma decisão diplomática que contrasta com a intensificação das ações militares de Israel, incluindo um ataque sem precedentes a líderes do Hamas no Qatar.
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A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a “Declaração de Nova Iorque”, que fortalece a solução de dois Estados, com Israel e uma Palestina independente lado a lado, mas excluindo o Hamas.

A resolução, preparada por França e Arábia Saudita, foi adotada com 142 votos a favor, incluindo o de Portugal, 10 contra (entre os quais Israel, Estados Unidos, Argentina e Hungria) e 12 abstenções.

O texto defende medidas “tangíveis e irreversíveis” para um Estado palestiniano soberano e democrático, condena os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, exige a libertação de todos os reféns e estipula que o grupo islamita deve entregar as armas e o controlo da Faixa de Gaza à Autoridade Palestiniana.

A decisão gerou reações opostas.

Israel classificou-a como uma “decisão vergonhosa”, acusando a ONU de ser um “circo político” e argumentando que a medida encoraja o Hamas.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou que “não haverá Estado palestiniano”.

Em contrapartida, o presidente francês, Emmanuel Macron, saudou a aprovação como um passo no “caminho irreversível para a paz”.

Vários países, incluindo Portugal, Canadá e Austrália, preparam-se para reconhecer o Estado Palestiniano.

Paralelamente aos esforços diplomáticos, Israel realizou um ataque sem precedentes em Doha, no Qatar, visando um edifício onde se encontrava a equipa de negociadores do Hamas.

O grupo palestiniano afirma que o seu líder negocial, Khalil al-Hayya, sobreviveu ao ataque que vitimou seis pessoas, mas não forneceu provas de vida. O Qatar, mediador nas negociações juntamente com o Egito e os EUA, considerou o ataque uma prova de que Israel negoceia de má-fé. No Conselho de Segurança da ONU, Israel justificou a ação, prometendo continuar a perseguir os líderes do Hamas “onde quer que estejam”.

Os Estados Unidos, embora considerando o ataque prejudicial aos seus objetivos e aos de Israel, consideraram “inapropriado” questionar o empenho de Telavive na recuperação dos reféns.

Entretanto, a situação na Cisjordânia também se agrava, com a Autoridade Palestiniana a pedir ajuda internacional face a operações militares israelitas, como a que resultou em centenas de detenções em Tulkarem, descritas como “castigo coletivo”.

O conflito na Faixa de Gaza já causou mais de 64 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas.

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