Comissão Europeia aprova reprogramação dos fundos do PT2030 e Portugal evita perder 890 milhões de euros



A Comissão Europeia aprovou o pedido do Governo português para a reprogramação dos fundos europeus do Portugal 2030 (PT2030) e dos programas operacionais regionais.
A decisão, divulgada pelo Ministério da Economia e da Coesão Territorial, permite a Portugal evitar a perda de cerca de 890 milhões de euros, assegurando o cumprimento dos níveis de execução exigidos pela regra N+3, que condiciona o acesso às verbas ao ritmo da sua aplicação.
Esta reprogramação surge em resposta à evolução do contexto geopolítico e à necessidade de a União Europeia responder a novos desafios estruturais.
Foram definidas cinco novas áreas prioritárias estratégicas por Bruxelas: competitividade e descarbonização; defesa e segurança; habitação acessível; resiliência hídrica e transição energética.
A alteração abrange o programa temático Sustentável 2030 e os programas regionais do Algarve, Alentejo, Centro, Norte e Madeira 2030.
Segundo o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, esta medida foi um passo fundamental para "assegurar que Portugal não perde nenhum euro de fundos comunitários" e para ultrapassar os atrasos verificados no arranque do PT2030. O governante sublinhou que a reprogramação elimina o "risco da ‘guilhotina’", um mecanismo de corte automático de verbas por incumprimento das metas.
A decisão introduz também maior flexibilidade na execução dos fundos, através do reforço do pré-financiamento, aumento das taxas de cofinanciamento e alargamento dos prazos.
Apesar da reorientação de prioridades, as dotações financeiras iniciais dos programas mantêm-se inalteradas.
No caso do programa Sustentável 2030, foram reforçados os apoios a projetos de sistemas energéticos inteligentes e de adaptação às alterações climáticas.
Nos programas regionais, o reforço incidiu em áreas como a gestão sustentável da água, o desenvolvimento de tecnologias críticas, a defesa e a habitação a preços acessíveis.
Regiões como o Centro e o Alentejo já tinham anunciado a integração destas novas prioridades nos seus programas.




















