Rússia e Ucrânia intensificam ataques com drones visando infraestruturas energéticas e civis



A Rússia intensificou os seus ataques contra a Ucrânia, lançando 160 drones desde a tarde de quinta-feira, que atingiram 23 regiões do país.
A cidade portuária de Odessa, no sul, foi particularmente afetada, sofrendo danos em infraestruturas críticas que resultaram em falhas de eletricidade, água e aquecimento num dos seus bairros.
Estes ataques, que se inserem numa campanha russa mais vasta contra o sistema energético ucraniano, já tinham deixado a cidade sem energia durante três dias esta semana.
Em resposta, a Ucrânia lançou uma vaga de ataques noturnos com drones que atingiram pelo menos sete regiões russas, causando danos consideráveis, embora sem registo de vítimas. Na região de Oryol, uma central termoelétrica foi atingida, provocando interrupções no fornecimento de aquecimento e eletricidade, o que levou ao cancelamento de aulas. Em Samara, um incêndio deflagrou na fábrica química Togliatti Azot (TOAZ), uma das maiores produtoras de amónia do mundo, após um alegado ataque. Também na região de Rostov foram reportados danos em infraestruturas civis e cortes de energia.
O Ministério da Defesa da Rússia comunicou ter intercetado e destruído 94 drones ucranianos durante a noite.
Paralelamente, a guerra de drones teve repercussões na Turquia, onde um aparelho de fabrico russo, identificado como um Orlan-10 de reconhecimento, foi encontrado numa zona rural a leste de Istambul. O incidente levou Ancara a pedir "mais cautela" tanto a Moscovo como a Kyiv, evidenciando os riscos de propagação do conflito na região do Mar Negro.




















