Troca de Corpos em Gaza: Exigências, Obstáculos e uma Trégua Frágil



O movimento islamita Hamas anunciou a entrega dos corpos de três soldados capturados, que seriam transferidos para o Exército israelita através do Comité Internacional da Cruz Vermelha para posterior identificação forense. Esta entrega insere-se no âmbito do acordo de cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro, que previa a devolução por parte do Hamas dos corpos de 28 reféns mortos.
Até ao momento, o grupo já devolveu 17 desses corpos, alegando dificuldades em localizar os restantes 11 num território devastado pela guerra.
Face a estes desafios, o braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qassam, lançou um apelo aos mediadores internacionais e à Cruz Vermelha para que seja permitida a entrada imediata em Gaza de maquinaria pesada e equipas especializadas.
O objetivo é recuperar de uma só vez todos os corpos dos reféns que ainda se encontram desaparecidos. O Hamas manifestou ainda a intenção de realizar buscas para além da chamada “linha amarela”, o perímetro que abrange 53% da Faixa de Gaza e que permanece sob controlo militar de Israel.
O processo tem sido marcado por controvérsias.
Na noite anterior ao anúncio, o Hamas já havia entregado os restos mortais de três pessoas, que, segundo o movimento, não pertenciam aos reféns desaparecidos. O grupo afirmou que Israel inicialmente recusou receber os restos mortais não identificados, exigindo corpos completos, mas que a entrega avançou para evitar futuras reclamações.
A somar a isto, uma fonte do Ministério da Saúde de Gaza acusou Israel de bloquear a entrada de material essencial para análises de ADN, como instrumentos de autópsia e ‘kits’ de teste genético, o que dificulta a identificação dos corpos. Toda esta operação decorre sob um clima de grande instabilidade. A trégua mostra-se frágil, tendo sido recentemente ameaçada por um ataque aéreo israelita em Gaza que resultou na morte de um palestiniano e reacendeu acusações mútuas de violação do acordo.
Como parte do mesmo cessar-fogo, Israel já entregou à Palestina 225 cadáveres de palestinianos, muitos dos quais, segundo uma das fontes, apresentavam sinais de abusos e tortura.
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