Corrida à TAP: Três gigantes europeus na disputa pela privatização



A Parpública, empresa que gere as participações do Estado, confirmou a receção de três manifestações de interesse para a aquisição de uma participação minoritária na TAP, após o encerramento do prazo a 22 de novembro. Embora o comunicado oficial não identifique os candidatos, foi noticiado que os interessados são três dos maiores grupos de aviação europeus: Air France-KLM, Lufthansa e o International Airlines Group (IAG), que detém a Iberia e a British Airways. O processo de privatização prevê a alienação de até 44,9% do capital da companhia, sendo que 5% ficam reservados para os trabalhadores.
Caso esta tranche não seja totalmente subscrita, o comprador selecionado terá direito de preferência.
A privatização abrange também a Portugália, a Unidade de Cuidados de Saúde TAP, a Cateringpor e a SPdH (antiga Groundforce). Segue-se agora um período de análise por parte da Parpública, que dispõe de 20 dias, até 12 de dezembro, para elaborar um relatório fundamentado sobre os candidatos. Esta avaliação verificará o cumprimento dos requisitos exigidos no caderno de encargos, que incluem receitas superiores a 5.000 milhões de euros num dos últimos três anos, experiência comprovada no setor da aviação, capacidade financeira e idoneidade.
Os candidatos que forem aprovados nesta fase serão convidados a apresentar propostas não vinculativas num prazo máximo de 90 dias. Estas propostas deverão detalhar o preço, a forma de financiamento, os planos de investimento para a frota e manutenção, o compromisso com combustíveis sustentáveis e o respeito pelos acordos laborais. Após a análise das propostas não vinculativas, o Conselho de Ministros selecionará os proponentes que passarão à fase seguinte, de apresentação de propostas vinculativas. A Parpública elaborará um relatório final sobre estas propostas, com base no qual será escolhida a melhor oferta, podendo ainda existir uma fase de negociação para melhoria das condições. O processo culminará com a aprovação em Conselho de Ministros e a convocação de uma assembleia-geral da TAP para formalizar a privatização.









