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Aumento do número de homens vítimas de crime apoiados pela APAV

O número de homens vítimas de crime que procuraram apoio junto da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) aumentou mais de 23% nos últimos três anos, com a violência doméstica a ser o crime mais reportado. No entanto, a associação alerta que a maioria dos homens vítimas de violência ainda não denuncia a sua situação.
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O número de vítimas masculinas que recorreram à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) aumentou 23,3% entre 2022 e 2024, totalizando 10.261 pessoas.

Este crescimento gradual, que corresponde a uma média de nove homens apoiados por dia, é atribuído por Daniel Cotrim, assessor técnico da direção da APAV, a uma maior consciencialização e sensibilidade social para o tema da violência, o que leva a um aumento das denúncias. Apesar do aumento, a APAV estima que por cada homem que pede ajuda, pelo menos outros dois permanecem em silêncio, o que poderia elevar o número real de vítimas para mais de 30.700. A dificuldade em denunciar está associada ao estigma, à vergonha e a estereótipos de masculinidade que conotam a figura da vítima com fragilidade.

Esta demora reflete-se no tempo que as vítimas levam a procurar apoio: 29,8% demoram entre dois e seis anos, e 10,9% necessitam de 12 ou mais anos. O perfil da vítima masculina revela que a maioria são adultos entre os 18 e os 64 anos (40,6%), seguidos por crianças e jovens até aos 17 anos (34,7%) e idosos (11,1%).

A maior parte das vítimas (77,7%) é de nacionalidade portuguesa e reside maioritariamente nos distritos de Faro, Lisboa, Porto e Braga.

No total, foram registados 17.279 crimes, um aumento de 19,8% no período analisado, sendo que uma vítima pode sofrer múltiplos tipos de violência. A violência doméstica é o crime mais reportado, com 11.906 ocorrências, o que explica a elevada percentagem de violência continuada (36,6%).

Seguem-se crimes como ofensa à integridade física (885), ameaça e coação (731) e abuso sexual de criança (331).

Em quase metade dos casos, o agressor tem uma relação de proximidade com a vítima, sendo um progenitor (21,8%), parceiro íntimo (21,2%) ou filho (5,1%).

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