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Controvérsia pela Ausência de Mariana Mortágua em Debate Parlamentar

A ausência da deputada única do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, de um debate parlamentar agendado pelo seu próprio partido, gerou uma acesa controvérsia na Assembleia da República, com duras críticas por parte de várias bancadas.
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A ausência de Mariana Mortágua, deputada única do Bloco de Esquerda (BE), de um debate no plenário da Assembleia da República agendado pelo seu próprio partido, despoletou uma acesa controvérsia e críticas por parte de outras forças políticas. A deputada encontrava-se a participar numa flotilha humanitária com destino à Faixa de Gaza, motivo pelo qual tem estado ausente das sessões plenárias.

O debate em questão versava sobre a atribuição do subsídio de refeição a trabalhadores do setor privado.

A discussão sobre a ausência começou quando a líder da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, questionou a Mesa da Assembleia sobre a pertinência de realizar o debate sem a presença da proponente.

O presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, esclareceu que o regimento não obriga à presença do proponente e que o debate deveria prosseguir, uma vez que outros partidos tinham associado as suas próprias iniciativas ao agendamento do BE, uma posição secundada pelo deputado socialista Pedro Delgado Alves. As críticas mais veementes partiram do Chega e do CDS-PP.

O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, acusou Mortágua de "brincar com a Assembleia da República" e com o dinheiro dos contribuintes, proferindo acusações falsas, já desmentidas por serviços de verificação de factos, de que a deputada estaria a "passear de barco" e em "festas em Ibiza".

Pelo CDS-PP, Paulo Núncio considerou a ausência uma "profundíssima falta de respeito pelo parlamento", defendendo que Mortágua deveria ter suspendido o seu mandato para ser substituída.

O seu colega de bancada, João Almeida, acrescentou que a deputada continuava a receber o subsídio de refeição enquanto estava a "beber 'gins' no Mediterrâneo".

Em defesa da deputada ausente, a líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, salientou que Mariana Mortágua se encontrava numa missão humanitária com um "propósito nobre" e que tinha estado presente na conferência de líderes onde o ponto foi agendado.

José Pedro Aguiar-Branco instou os deputados a repetirem as suas críticas quando Mortágua regressar, para que esta possa exercer o seu direito de resposta.

Fonte oficial do BE adiantou que a deputada justificará as suas faltas como trabalho político.

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