Autárquicas: Habitação e transportes são as prioridades do Bloco de Esquerda em Braga

O programa eleitoral do Bloco de Esquerda (BE) para as eleições autárquicas em Braga, que se realizam a 12 de outubro, assenta em quatro pilares fundamentais: habitação, combate às alterações climáticas, transportes públicos gratuitos e inclusão social.

A apresentação, liderada pelo cabeça de lista António Lima, decorreu no Parque da Ponte, descrito como “um dos poucos espaços verdes que a cidade mantém há mais de 100 anos”.

Na área da habitação, a candidatura considera “urgente trocar uma política de especulação imobiliária por uma política pública de habitação”. Segundo António Lima, esta nova política deve oferecer uma alternativa tanto aos bracarenses como a todos os que escolhem viver na cidade, contrariando a especulação.

A mobilidade urbana é outra das prioridades, com o candidato a criticar os últimos 12 anos de governação da coligação Juntos por Braga (PSD/CDS/PPM), que acusa de ter “completamente esquecido” o problema.

Para o BE, “pintar ciclovias e criar umas poucas linhas de autocarro” é insuficiente.

A proposta passa por uma “mobilidade suave” que garanta segurança a peões e ciclistas, e pela criação de corredores dedicados e contínuos para autocarros, de modo a que o transporte público se torne mais competitivo que o automóvel individual. Lima sublinha que esta é uma “questão de urgência ambiental”, apontando a poluição, as ondas de calor e as enxurradas que afetam Braga. No que diz respeito à inclusão social, o cabeça de lista bloquista acusa a direita de ter “cativado imigrantes para virem viver para Braga e depois tê-los abandonado à sua sorte”.

O programa visa também combater as “bolsas e espaços de exclusão” existentes no concelho.

O atual executivo municipal de Braga é composto por seis eleitos da coligação Juntos por Braga, quatro do PS e um da CDU.