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Controvérsia em torno do Metrobus de Braga

A assinatura do contrato para a construção da primeira linha do metrobus em Braga gerou uma forte contestação política, culminando na interposição de uma providência cautelar para travar o processo a poucos dias das eleições autárquicas.
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A empresa Transportes Urbanos de Braga (TUB) anunciou a assinatura do contrato de conceção e construção da Linha Vermelha do sistema de metrobus (BRT), um projeto que desencadeou uma batalha política e judicial. O contrato, no valor de 32,6 milhões de euros, foi adjudicado a um consórcio formado pelas empresas M. Couto Alves (MCA), Painhas e Tecnifeira. Este valor faz parte de um investimento global de 75,5 milhões de euros para a primeira linha, que inclui os veículos e é integralmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com um prazo de execução estipulado até 30 de junho de 2026.

Em resposta imediata, a coligação “Somos Braga” (PS/PAN), liderada pelo candidato António Braga, interpôs uma providência cautelar para suspender o processo.

Braga argumenta que o atual executivo não possui legitimidade política para avançar com uma decisão desta magnitude tão perto das eleições de 12 de outubro, salientando que nove das dez candidaturas à câmara se manifestaram contra o projeto. Adicionalmente, aponta a falta de condições formais, como a necessidade de negociar e expropriar terrenos, e defende que o BRT não é a solução adequada para a mobilidade da cidade, propondo em alternativa um metro ligeiro híbrido de superfície. António Braga sugere que o financiamento do PRR poderia ser renegociado e desviado para a construção de habitação pública a custos controlados, garantindo que, se for eleito, travará o projeto. A esta voz de oposição juntou-se a do candidato independente Ricardo Silva, do movimento “Amar e Servir Braga”, que também apelou à suspensão da assinatura do contrato.

Em sentido contrário, o único apoio incondicional ao BRT vem de João Rodrigues, candidato da coligação “Juntos por Braga” (PSD/CDS-PP/PPM) e vereador no atual executivo.

A Linha Vermelha, a primeira de quatro planeadas, terá cerca de seis quilómetros e 12 estações. O percurso ligará a estação de comboios ao Hospital de Braga, passando por pontos estratégicos como a Universidade do Minho e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, prometendo total conectividade com a restante rede dos TUB.

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