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Alemanha, França e Reino Unido pedem cessar-fogo "imediato" em Gaza

A diplomacia internacional intensifica-se em torno do conflito israelo-palestiniano, marcada por um ataque israelita sem precedentes em Doha e uma votação histórica na ONU que aprova a solução de dois Estados, excluindo o Hamas da governação de Gaza.
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Um ataque israelita sem precedentes em Doha, capital do Catar, visou responsáveis do Hamas, resultando em seis mortos e provocando forte condenação internacional.

O grupo islamita afirmou que o seu líder negocial, Khalil al-Hayya, sobreviveu, embora não tenha apresentado provas.

A ação militar atraiu a ira de vários aliados, incluindo uma rara repreensão do Presidente dos EUA, Donald Trump, que se declarou "muito descontente".

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdelrahman al-Thani, cujo país é mediador nas negociações, considerou que o ataque "matou toda a esperança" de libertar os reféns detidos em Gaza. Na sequência do ataque, Donald Trump reuniu-se com o primeiro-ministro do Catar no seu 'resort' em Nova Jérsia, um encontro que contou também com a presença do enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, também se encontrou com o líder catari. Apesar das críticas, Washington reafirmou o seu apoio a Israel, com Rubio a planear uma deslocação ao país para combater o que o Departamento de Estado designa como "medidas anti-israelitas, incluindo o reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano, que recompensa o terrorismo do Hamas". Paralelamente, a Assembleia-Geral da ONU aprovou por larga maioria a "Declaração de Nova Iorque", que incentiva a solução de dois Estados e exclui o Hamas da futura governação da Faixa de Gaza.

A resolução, preparada por França e Arábia Saudita, obteve 142 votos a favor, incluindo o de Portugal, 10 contra (entre os quais Israel e os EUA) e 12 abstenções.

O texto apela a medidas "tangíveis e irreversíveis" para a criação de um Estado palestiniano "independente, soberano, economicamente viável e democrático" e exige que o Hamas liberte todos os reféns e entregue as armas à Autoridade Palestiniana.

A Autoridade Palestiniana saudou a votação como um "passo importante", enquanto Israel a condenou como uma "decisão vergonhosa".

A votação surge num momento em que vários países, como Portugal, Canadá e Austrália, se preparam para reconhecer o Estado da Palestina.

No entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou a sua oposição, afirmando que "não haverá Estado palestiniano".

O conflito em Gaza já causou mais de 64 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas.

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