Dois suspeitos acusados de ataque terrorista na Colômbia

Na Colômbia, as autoridades processaram dois suspeitos por um ataque com um camião-bomba no sudoeste do país, que resultou em seis mortos e mais de 60 feridos.

Walter Yonda e Carlos Obando Aquirre, identificados como membros da Frente Jaime Martinez do Estado-Maior Central (EMC), a maior dissidência das FARC, enfrentam acusações de homicídio qualificado, crime punível com até 50 anos de prisão. Segundo o Ministério Público, os suspeitos transportaram e ativaram dois camiões com explosivos, um dos quais detonou em frente à escola de aviação militar de Cali.

O Presidente Gustavo Petro anunciou também a detenção de um terceiro suspeito, Diomar Mancilla.

As autoridades atribuem este e outros ataques recentes, como a morte de 13 polícias perto de Medellín e o assassinato do senador Miguel Uribe Turbay, a grupos dissidentes das FARC que rejeitaram o acordo de paz de 2016. Em Moçambique, a violência continua a assolar a província de Cabo Delgado. Foram encontrados os corpos de três pessoas numa aldeia em Chiúre, presumivelmente vítimas de ataques terroristas que têm forçado milhares a deslocarem-se. A província, rica em gás, enfrenta uma insurgência armada desde 2017, que já causou milhares de mortos e mais de um milhão de deslocados. Segundo um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), só em julho, os ataques de grupos extremistas na região resultaram em pelo menos 29 mortos e afetaram mais de 208 mil civis, com 56.215 novas deslocações. A violência expandiu-se geograficamente para o sul, restringindo o acesso humanitário e atrasando a ajuda a mais de 85 mil pessoas.

Um estudo do Centro de Estudos Estratégicos de África aponta que, em 2024, já morreram pelo menos 349 pessoas em ataques, um aumento de 36% em relação ao ano anterior.