Apoio às vítimas dos incêndios em Castelo Branco

A Câmara Municipal de Castelo Branco criou um Balcão de Apoio aos Incêndios para auxiliar as populações afetadas pelo fogo que lavrou no concelho em agosto. A iniciativa, justificada pela autarquia como uma medida para maior organização e eficiência dos serviços, tem como objetivo ajudar os lesados no preenchimento e submissão dos formulários de candidatura às medidas de apoio governamentais, publicadas em Diário da República. Este balcão de apoio tem um caráter itinerante e percorrerá as aldeias das freguesias de São Vicente da Beira, Almaceda e Louriçal do Campo. Foram estabelecidos quatro locais de atendimento em dias e horários distintos para facilitar o acesso dos cidadãos: o Clube Desportivo de Rochas de Cima, a Casa do Povo da Partida, a Junta de Freguesia de São Vicente da Beira e a Junta de Freguesia de Louriçal do Campo. Os apoios destinam-se a diversas áreas, como a reconstrução de habitações, a retoma da atividade económica, o auxílio a agricultores, a reparação de infraestruturas, a recuperação de ecossistemas e a reflorestação. Para os agricultores, está previsto um apoio excecional de até 10 mil euros para compensar prejuízos, atribuído após uma vistoria conjunta de técnicos do município e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Os danos elegíveis incluem perdas de animais, culturas anuais e plurianuais, máquinas, equipamentos e espaços de apoio à atividade agrícola. O incêndio que afetou Castelo Branco deflagrou a 13 de agosto em Arganil, no distrito de Coimbra, e alastrou-se a vários outros concelhos nos distritos de Coimbra, Guarda e Castelo Branco. Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de agosto, este fogo foi responsável pela destruição de mais de 57 mil hectares, de um total de cerca de 250 mil hectares ardidos no país durante esse período.