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Banca portuguesa tem exposição limitada ao risco de incêndio mas medidas climáticas são insuficientes

Apesar de os incêndios serem um dos maiores riscos climáticos para Portugal, a exposição direta da banca é limitada, conclui o Banco de Portugal, que alerta, no entanto, que as medidas dos bancos para gerir o risco climático são ainda insuficientes.
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O Banco de Portugal (BdP) publicou o seu terceiro Relatório Anual sobre a Exposição do Setor Bancário ao Risco Climático, no qual considera que os progressos feitos pelas instituições financeiras são "insuficientes" para uma gestão adequada destes riscos. O supervisor apela a que os bancos acelerem os seus esforços de adaptação para cumprirem as orientações de forma "plena e tempestiva". A análise aponta a necessidade de informação mais detalhada sobre as emissões de carbono ao nível das empresas para melhorar a avaliação dos riscos de transição. Com um foco especial no risco de incêndio rural, identificado como "um dos riscos climáticos físicos mais relevantes" para o país, o relatório conclui que a exposição direta do setor bancário é "limitada". Apenas 1,8% do crédito total a empresas está exposto a níveis de perigosidade de incêndio "alta" ou "muito alta", percentagem que sobe para 3,5% ao considerar-se um raio de influência mais alargado. No caso do crédito hipotecário a particulares, essa proporção é de 1%, subindo para 3% nos mesmos moldes. Como estudo de caso, o BdP analisou o impacto dos grandes incêndios de 2017 e detetou um aumento na probabilidade de incumprimento das empresas diretamente afetadas, especialmente em setores como a agricultura e a produção de pasta de papel.

Contudo, estes efeitos concentraram-se no ano seguinte (2018) e não persistiram, não se tendo verificado um aumento significativo do incumprimento.

No que toca aos riscos de transição, o relatório indica uma "relativa estabilização" da exposição.

A proporção de empréstimos a setores mais intensivos em carbono é superior ao peso destas empresas na economia, mas sem uma "concentração excessiva". Verificou-se também que a pegada de carbono financiada por cada euro de empréstimo aumentou entre 2020 e 2023, antes de estabilizar, um aumento mais acentuado nos setores da agricultura e *utilities*.

O BdP reconhece, no entanto, que a sua análise se baseia em dados históricos e não integra os efeitos futuros das alterações climáticas.

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