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Duas Faces da Banca: Saneamento em Portugal e Crescimento na Polónia

O setor bancário português demonstra sinais de reestruturação e resiliência, com os bancos a intensificarem a venda de ativos problemáticos em território nacional, ao mesmo tempo que operações internacionais, como a do BCP na Polónia, apresentam lucros robustos.
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Com o aproximar do final do ano, os bancos em Portugal estão a acelerar a limpeza dos seus balanços através da venda de carteiras de crédito malparado (NPL) e ativos imobiliários, num valor total que se aproxima dos 300 milhões de euros. Entre as operações em curso, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) colocou à venda uma carteira de NPL de 100 milhões de euros, o BBVA um portefólio de imóveis de 20 milhões e uma outra carteira de NPL de 170 milhões, de um banco não identificado, está também no mercado. Esta estratégia reflete um esforço contínuo de saneamento que fez o rácio de NPL descer de 17,5% há uma década para 2,3% em junho, um progresso elogiado pela agência Morningstar DBRS e que tem reforçado a confiança dos supervisores.

Em paralelo, o Banco Comercial Português (BCP) beneficia dos resultados positivos da sua subsidiária na Polónia.

O Bank Millennium, detido em 50,1% pelo BCP, registou um lucro de 202 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento homólogo de 56% em moeda local.

Este crescimento foi alcançado apesar dos resultados continuarem condicionados por encargos relacionados com uma carteira de créditos hipotecários em francos suíços.

As provisões para este risco legal totalizaram 310,4 milhões de euros, embora os encargos totais associados a esta carteira tenham diminuído 32% face ao ano anterior.

A saúde financeira do banco polaco é ainda evidenciada pela melhoria do rácio de crédito com imparidade para 4,2% e por sólidos rácios de capital, como o CET1 de 14,4%. O desempenho positivo do BCP teve reflexo na bolsa, com as suas ações a negociarem em alta numa sessão em que a praça de Lisboa abriu como a única na Europa em terreno negativo.

Este cenário misto, entre a resolução de problemas herdados em Portugal e o crescimento no estrangeiro, contribui para uma maior estabilidade e resiliência do setor financeiro nacional.

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