Bancos portugueses destacam-se entre os mais rentáveis e sólidos da Zona Euro no terceiro trimestre



Os principais bancos portugueses estão entre os mais rentáveis e sólidos da Zona Euro, segundo as estatísticas de supervisão bancária do Banco Central Europeu (BCE) relativas ao terceiro trimestre de 2025. As três instituições nacionais supervisionadas diretamente pelo BCE – Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novobanco – apresentaram uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 16%, um valor significativamente superior à média de 9,88% registada pelos 111 maiores bancos da área do euro. Apenas a Lituânia superou Portugal neste indicador, com um ROE de 16,66%.
Em termos de solidez, a banca portuguesa também demonstrou uma posição robusta.
O rácio de fundos próprios principais de nível 1 (CET1), um indicador-chave da capacidade de um banco para absorver perdas, situou-se nos 17,89% para os bancos nacionais.
Este valor está confortavelmente acima da média da Zona Euro, que se fixou em 16,1%, e coloca Portugal como o sétimo país com o rácio mais elevado.
No panorama europeu, os rácios de CET1 variaram entre os 13,28% em Espanha e os 23,12% na Lituânia.
A qualidade dos ativos na banca europeia manteve-se estável, com o rácio de crédito malparado (NPL) a permanecer nos 2,22%, um mínimo histórico. Em Portugal, anos de desalavancagem e disciplina na concessão de crédito resultaram em balanços mais equilibrados. Adicionalmente, a liquidez do setor permanece confortável, com um rácio de cobertura de liquidez (LCR) agregado de 156,73% na Zona Euro, indicando que os bancos detêm ativos líquidos suficientes para enfrentar cenários de stress a curto prazo. Este cenário de estabilidade e bom desempenho da banca ocorre num momento em que os mercados aguardam as decisões de política monetária do BCE. No fecho de quarta-feira, a bolsa de Lisboa registou ganhos ligeiros, enquanto as praças europeias terminaram em terreno misto.
As taxas Euribor, por sua vez, desceram nos prazos a três, seis e doze meses.
















