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Investimento e Financiamento em Portugal

O panorama financeiro em Portugal revela um contraste notável entre a cautela dos pequenos investidores e a crescente sofisticação das empresas e bancos na captação de financiamento. Enquanto a maioria dos portugueses prefere a segurança dos depósitos a prazo, o mercado de capitais torna-se um palco cada vez mais dinâmico para a emissão de dívida e a diversificação de fontes de capital.
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De acordo com o 2º Barómetro Doutor Finanças, os investidores portugueses demonstram um perfil predominantemente conservador. Quase metade dos inquiridos (49%) identifica-se com este perfil, privilegiando produtos de baixo risco como depósitos a prazo (apontados por 49% como um produto em que já investiram), Planos Poupança Reforma (38%) e certificados de aforro ou do Tesouro (35%).

Esta aversão ao risco é confirmada pelo facto de 48% dos participantes não tolerarem qualquer desvalorização nos seus investimentos.

Opções de maior risco como ações (29%), fundos de investimento (22%) e criptomoedas (10%) têm uma expressão significativamente menor, reforçando que a prioridade é a preservação do capital.

Em contraste com a cautela dos aforradores, os bancos portugueses têm recorrido ativamente ao mercado de capitais.

Este ano, cinco instituições – Crédito Agrícola, Banco Montepio, Novobanco, BCP e Caixa Geral de Depósitos (CGD) – emitiram um total de 2,15 mil milhões de euros em dívida sénior preferencial. Este tipo de obrigação, que tem prioridade de pagamento em caso de insolvência, serve para fortalecer a base de capital e cumprir requisitos regulamentares.

Entre estas emissões, a da CGD destacou-se por conseguir o spread mais baixo (0,65%), sinalizando uma menor perceção de risco por parte dos investidores institucionais.

As empresas portuguesas também estão a diversificar as suas fontes de financiamento para além do crédito bancário tradicional. Com o apoio do Bankinter Investment, empresas como a Mota-Engil, Greenvolt e CUF registaram programas de papel comercial no Mercado Alternativo de Renta Fija (MARF) espanhol, num total de 300 milhões de euros. Esta estratégia permite-lhes aceder a um leque mais vasto de investidores institucionais na Península Ibérica, mitigar riscos de concentração e gerir a tesouraria de forma mais flexível, alinhando-se com a tendência europeia de maior recurso ao mercado de capitais. No âmbito do financiamento público, o Banco Europeu de Investimento (BEI) está a avaliar a concessão de um novo empréstimo de mil milhões de euros a Portugal.

Segundo a presidente da instituição, Nadia Calviño, este montante destina-se especificamente ao setor da habitação.

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