
Cancelamento da iniciativa 'Bases Abertas'



O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), Cartaxo Alves, anunciou o cancelamento das próximas edições da iniciativa 'Bases Abertas', justificando a decisão com a necessidade de “não correr riscos” e de alinhar com os parceiros europeus.
Segundo o CEMFA, a medida segue uma linha adotada por todos os aliados na Europa, que também suspenderam atividades semelhantes para se focarem no aumento do empenhamento e treino operacional.
As declarações foram proferidas à margem de uma visita dos ministros da Defesa de Portugal, Nuno Melo, e da Suécia, Pål Jonson, à Base Aérea n.º 11, em Beja. Cartaxo Alves sublinhou que, apesar de Portugal estar “na ponta da Europa”, não está imune a questões de segurança, mencionando o risco de “eventuais atentados” como os que já ocorreram noutros locais do continente. A este respeito, referiu que a decisão não foi tomada de forma isolada, mas sim analisada em conjunto com os parceiros, e comparou a situação ao cancelamento de “todos” os festivais europeus deste ano.
Outro motivo fundamental para a suspensão foi o crescente “envolvimento operacional” da Força Aérea.
O CEMFA destacou o apoio à Ucrânia, o transporte de emergência médica em território nacional e a realização do 'Tiger Meet', um dos principais exercícios anuais da NATO, que decorre até ao dia 30 e envolve quase todas as esquadras de combate da aliança.
Este aumento de missões exige uma maior dedicação ao treino e à prontidão operacional.
A iniciativa 'Bases Abertas' permite ao público visitar várias unidades da Força Aérea e participar em atividades como os 'batismos de voo'.
Este ano, já se tinham realizado edições em Sintra, Ota, Ovar e Lages (Açores).
Foram cancelados os eventos previstos para as bases aéreas de Monte Real, Montijo e Beja, bem como no aeródromo de Manobra n.º 3, em Porto Santo (Madeira), e no Campo de Tiro de Samora Correia, em Alcochete.
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