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OPA do BBVA sobre o Banco Sabadell enfrenta resistência

O BBVA tem um prazo apertado para melhorar a sua oferta de aquisição sobre o Banco Sabadell, numa operação que enfrenta a oposição do próprio Sabadell, do governo espanhol e que, para já, não convenceu os acionistas.
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O BBVA tem até à próxima terça-feira, 23 de setembro, para melhorar a sua Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil sobre 100% do capital do Banco Sabadell, embora a administração do banco já tenha afirmado que não tenciona fazê-lo. Os acionistas do Sabadell têm entre 8 de setembro e 7 de outubro para aceitar a proposta, que consiste na troca de uma nova ação do BBVA e 70 cêntimos por cada 5,5483 ações do banco catalão. O valor total da oferta foi atualizado de 12,2 mil milhões de euros no final de 2024 para 17,4 mil milhões a 4 de setembro. A proposta atual não tem sido bem recebida, uma vez que, com base nos valores de fecho da bolsa, representa uma perda de 7,64% para os acionistas do Sabadell.

Por cada 10.000 euros investidos, receberiam o equivalente a 9.235,78 euros, resultando numa perda de 764,22 euros.

Consequentemente, até à data, nenhum acionista minoritário aceitou a oferta.

Em 12 de setembro, o Conselho de Administração do Sabadell rejeitou por unanimidade a OPA, recomendando aos seus acionistas que fizessem o mesmo, por considerar o valor insuficiente e "inadequado", uma conclusão apoiada por relatórios dos bancos de investimento Goldman Sachs e Evercore Partners.

A operação enfrenta também obstáculos políticos.

O Governo de Espanha e o governo regional da Catalunha manifestaram reticências.

Numa decisão inédita, a 24 de junho, o executivo espanhol impôs condições à fusão, exigindo que os dois bancos mantenham personalidades jurídicas, patrimónios e gestões separadas durante um período mínimo de três anos, que pode ser prolongado por mais dois.

A justificação baseia-se na proteção de princípios de "interesse geral", como o financiamento a PME, a proteção do emprego e a coesão territorial.

Esta medida levou Bruxelas a abrir um procedimento de infração contra Espanha.

Apesar das condições, o BBVA decidiu avançar com a OPA em agosto.

Se a fusão for concretizada, criará um dos maiores bancos europeus, com ativos próximos de um bilião de euros, 135.462 trabalhadores e mais de sete mil agências.

Em Espanha, ultrapassaria o CaixaBank, tornando-se o segundo maior banco do país em ativos.

O resultado da OPA deverá ser conhecido entre 14 e 20 de outubro.

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