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Encerramento da Urgência dos Covões: Conflito entre Racionalização de Recursos e Defesa do Serviço Público

A decisão da Unidade Local de Saúde de Coimbra de transformar a urgência do Hospital dos Covões num centro de atendimento para casos não emergenciais desencadeou uma forte oposição do Bloco de Esquerda, que exige a reabertura total do serviço e acusa a administração de desmantelar o hospital.
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A Comissão Concelhia de Coimbra do Bloco de Esquerda (BE) rejeitou veementemente o encerramento do serviço de urgência do Hospital Geral, mais conhecido como Hospital dos Covões, exigindo a sua reabertura plena com todos os meios humanos e técnicos necessários. A contestação surge na sequência do anúncio da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra de que, desde sábado, o serviço passaria a funcionar como um Centro de Atendimento Clínico (CAC), destinado a situações agudas mas não emergentes. A administração da ULS justifica a medida com a necessidade de reorganizar e otimizar a resposta assistencial. Segundo a ULS, a decisão baseia-se na baixa afluência ao serviço, que registava uma média de 10 a 15 atendimentos diários, em contraste com os cerca de 450 atendimentos no Serviço de Urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra. A alteração visa, de acordo com a administração, reforçar a rede de respostas de proximidade e promover uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis, adequando os percursos dos utentes aos diferentes níveis de cuidados. Contudo, o Bloco de Esquerda contesta esta justificação, argumentando que a baixa afluência é uma consequência direta da "falta de investimento e da redução de valências" que têm afastado utentes e profissionais ao longo dos anos.

Para o partido, esta medida representa "mais um passo no desmantelamento progressivo do hospital", uma lógica que afirmam vir a denunciar há vários anos.

O BE considera que a decisão prejudica gravemente a população de Coimbra e da região, que perde um serviço essencial de proximidade, e enfraquece o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O partido manifestou ainda a sua solidariedade para com os trabalhadores do hospital e os utentes afetados.

A polémica reflete um choque entre duas visões para a saúde na região: uma focada na racionalização de meios com base em dados de utilização e outra na defesa intransigente dos serviços públicos de proximidade.

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