
A Resposta Europeia à Ameaça dos Drones



A União Europeia enfrenta o que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreve como uma 'campanha híbrida' e uma 'guerra de zona cinzenta' por parte da Rússia, marcada por um aumento de incidentes com drones e violações do espaço aéreo.
Nas últimas semanas, foram registadas incursões em países como Estónia, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Polónia e Roménia, visando infraestruturas militares e críticas.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou estas ações uma forma de a Federação Russa 'medir o pulso' à UE e à NATO, sublinhando a preocupação sentida no flanco leste.
A ameaça materializou-se também na Bélgica, onde foi desmantelada uma alegada célula terrorista que planeava usar um drone com um explosivo caseiro num ataque ao primeiro-ministro.
Em resposta, Bruxelas prepara um plano de segurança comum com o objetivo de dotar a UE de meios para enfrentar estas ameaças até 2030. Uma das principais medidas em discussão é a criação de uma 'muralha de drones', um sistema tecnológico para detetar, seguir e neutralizar aeronaves hostis, que começaria a ser implementado no flanco oriental. Ursula von der Leyen destacou a insustentabilidade de usar caças de última geração para abater drones de baixo custo, defendendo o desenvolvimento de um sistema antidrone acessível e eficaz, inspirado na experiência ucraniana. O tema estará na agenda dos líderes europeus na reunião de 23 e 24 de outubro, onde se espera que a iniciativa receba 'luz verde'. O financiamento para estas novas infraestruturas de defesa conta com o apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI). A sua presidente, Nadia Calviño, comunicou ao presidente do Conselho Europeu, António Costa, a disponibilidade da instituição para apoiar urgentemente iniciativas de proteção contra drones. O BEI planeia destinar 3,5% do seu financiamento total ao setor da defesa em 2025, o que equivale a cerca de 3,5 mil milhões de euros, tendo já assinado projetos no valor de mais de 2,5 mil milhões de euros. A estratégia europeia inclui ainda um forte pendor industrial, com a Comissão a pretender que pelo menos 65% de cada projeto financiado com fundos da UE seja produzido em território europeu para reduzir a dependência externa, nomeadamente de empresas norte-americanas. No entanto, especialistas em aviação alertam que o problema dos drones perto de aeroportos não é novo, tendo-se agravado desde a massificação do seu uso civil, e que a deteção destes pequenos aparelhos com radares tradicionais é um desafio técnico significativo.
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