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Saída do Cofundador da Ben & Jerry's e Conflito com a Unilever

Jerry Greenfield, um dos cofundadores da icónica marca de gelados Ben & Jerry's, abandonou a empresa após 47 anos, num ato de protesto contra a proprietária Unilever. Greenfield acusa a multinacional de silenciar o ativismo social da marca e de violar a promessa de independência feita aquando da sua aquisição.
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A saída de Jerry Greenfield foi anunciada através de uma carta aberta, partilhada pelo seu sócio Ben Cohen.

Nela, Greenfield explica que já não pode, "em boa consciência", continuar a trabalhar para uma empresa que foi "silenciada" e que perdeu a independência que lhe fora garantida no acordo de fusão com a Unilever em 2000.

Segundo o cofundador, este acordo deveria salvaguardar a missão da marca de promover "paz, justiça e direitos humanos" em relação a acontecimentos reais, mas a Unilever não o terá respeitado.

O conflito entre a Ben & Jerry's e a sua empresa-mãe intensificou-se em 2021, quando a marca de gelados anunciou que deixaria de vender os seus produtos nos territórios palestinianos ocupados por Israel, por considerar a prática contrária aos seus valores.

Em resposta, a Unilever vendeu os direitos comerciais a uma empresa israelita. A Ben & Jerry's manteve uma postura crítica, chegando a classificar o conflito em Gaza como "genocídio", uma posição rara entre as grandes empresas norte-americanas.

As acusações contra a Unilever estendem-se a várias ações legais.

Em 2025, a Ben & Jerry's processou a multinacional pela demissão do seu diretor executivo, David Stever, alegadamente devido ao seu ativismo e sem a aprovação do conselho de administração. A marca acusa ainda a Unilever de a impedir de publicar mensagens contra a discriminação racial e de censurar o seu apoio a ativistas pró-palestinianos. Ben Cohen manifestou o seu apoio a Greenfield, afirmando que o seu legado "merece ser fiel aos nossos valores, não silenciado pela Magnum", a divisão de gelados da Unilever. A Unilever rejeitou as acusações, afirmando num comunicado que tentou manter um "diálogo construtivo" com os fundadores e que mantém o seu compromisso com a missão "produtiva, económica e social" da marca.

Um porta-voz declarou discordar da perspetiva de Greenfield. Foi também mencionado que uma proposta de Cohen para recomprar a marca, por um valor entre 1,5 e 2,5 mil milhões de dólares, foi rejeitada.

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