Reconciliação Nacional em Angola: A Aposta da Igreja para Curar as Feridas do Passado



Por ocasião do 50.º aniversário da independência de Angola, a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST) organiza um Congresso Nacional da Reconciliação, em Luanda, nos dias 6 e 7 de novembro.
Sob o lema ‘Eis que faço Novas todas as Coisas’, o evento visa ser um “marco relevante” no caminho do diálogo, congregando lideranças religiosas, políticas, sociais, académicas e comunitárias para fortalecer a cultura da paz e da justiça no país.
Segundo o presidente da CEAST, D. José Imbamba, embora a independência, celebrada a 11 de novembro, tenha sido uma conquista, “a paz e a reconciliação continuam a ser um projeto em construção por consolidar”. O arcebispo de Saurimo defende que Angola precisa de uma “reconciliação verdadeira, que cure as feridas do passado” para construir um futuro de desenvolvimento sustentável e justiça social. O congresso é, por isso, um convite a um “exame de consciência” coletivo para identificar falhas e omissões.
As expectativas em torno da iniciativa são elevadas, ainda que acompanhadas de algum ceticismo.
O padre angolano Alfredo Mavinga espera que o congresso conduza a um “país mais pacífico, mais unido, mais alegre”, destacando três objetivos essenciais: introspeção coletiva, cura histórica e restauração da esperança.
Para o sacerdote, a reconciliação é a “palavra-chave” e a independência deve transcender a esfera política para abranger o bem-estar social, emocional e cultural, o que exige um “diálogo fraterno, franco e aberto” para enfrentar as desigualdades sociais.
A ausência do Presidente da República, João Lourenço, é um dos desafios do congresso.
Apesar de ter sido convidado e de o evento ter sido adiado para contar com a sua presença, o chefe de Estado comunicou a sua indisponibilidade por razões de agenda, anunciando que seria representado por um membro do Executivo.
Na opinião do padre Mavinga, esta ausência “continua a minar esta reconciliação efetiva que se espera”.
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