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A Crise de Liderança de Emmanuel Macron: Quando os Franceses Querem Mais do que Apenas um Novo Primeiro-Ministro

França enfrenta uma profunda crise política e social, marcada por protestos em massa contra a austeridade e a liderança do Presidente Emmanuel Macron, que coincidiram com a nomeação de um novo primeiro-ministro.
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Milhares de pessoas saíram às ruas em França no âmbito da iniciativa 'Bloquons Tout' ('Bloquear Tudo'), protestando contra cortes orçamentais e a liderança do Presidente Emmanuel Macron. As manifestações, que segundo o Ministério do Interior juntaram 175 mil pessoas em todo o país, refletem uma profunda crise de popularidade do chefe de Estado, cuja taxa de aprovação de 19% é a mais baixa de um presidente francês desde a fundação da Quinta República em 1958.

Segundo um analista, o orçamento é apenas um pretexto, sendo Emmanuel Macron o "alvo final" da contestação popular.

Os protestos coincidiram com a tomada de posse do novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, nomeado após a deposição do seu antecessor, François Bayrou. Bayrou caiu após apresentar uma proposta de orçamento de austeridade que previa poupanças de 44 mil milhões de euros para conter a dívida pública. Lecornu, amigo próximo de Macron e ministro desde 2017, é o quinto primeiro-ministro desde a reeleição do presidente em 2022 e o terceiro no espaço de um ano, evidenciando a instabilidade governativa que o país atravessa. Lecornu prometeu "ruturas" e "avanços" para quebrar o impasse político, que se instalou desde a dissolução da Assembleia Nacional em junho de 2024, agora dividida em três grandes blocos sem maioria.

A sua tarefa imediata é formar um governo capaz de obter um compromisso para a aprovação de um orçamento antes do final do ano.

No entanto, a sua nomeação foi recebida com ceticismo: uma sondagem indica que 69% dos franceses consideram que a sua escolha "não corresponde às suas expectativas".

A oposição também se manifestou criticamente, com o partido de esquerda radical La France Insoumise a anunciar uma moção de censura e a União Nacional (extrema-direita) a aguardar uma rutura clara com as políticas anteriores.

Entretanto, os sindicatos já agendaram um novo dia de mobilização para 18 de setembro.

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