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Boavista FC vai recorrer da decisão de liquidação aprovada por credores

O Boavista Futebol Clube enfrenta um dos momentos mais críticos da sua história após a assembleia de credores ter aprovado a liquidação da instituição. A direção do clube portuense já anunciou que irá recorrer da decisão, garantindo a viabilidade futura e assegurando que este processo "não significa o fim do clube".
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Numa assembleia de credores realizada esta sexta-feira, foi aprovada a liquidação do Boavista Futebol Clube. A decisão surgiu após a maioria dos credores ter rejeitado a proposta de adiar a votação do plano de recuperação por 30 dias.

Segundo um comunicado emitido pelo clube, este adiamento teria permitido "apresentar integralmente o projeto em curso e as negociações em andamento".

A direção dos 'axadrezados' reagiu prontamente, assegurando que, apesar da gravidade da situação, a "liquidação deliberada não significa o fim do Boavista Futebol Clube". O clube anunciou que dispõe de 10 dias para recorrer da deliberação, o que "evidentemente fará", afirmando possuir "argumentos sólidos" para defender a sua viabilidade. A administração lamenta que alguns dos principais credores tenham privilegiado a "alienação de património imobiliário", impedindo a discussão de um plano que, segundo o clube, permitiria "pagar à totalidade dos credores" e garantir a continuidade da atividade. De acordo com a nota oficial, a decisão não foi unânime, visto que "todos os credores, exceto três, votaram favoravelmente à recuperação". O Boavista destacou ainda o apoio que tem recebido do Estado e da Câmara Municipal do Porto, e reiterou que continuará a colaborar com a administradora de insolvência e a negociar com investidores para assegurar a sustentabilidade do clube.

O objetivo, conclui o comunicado, é garantir "um Boavista forte, viável e competitivo".

Esta crise financeira surge num momento desportivamente delicado.

Após ser despromovido à II Liga no final da época 2024/25, pondo fim a 11 épocas consecutivas no principal escalão, a Boavista SAD não conseguiu inscrever-se nas competições profissionais da LPFP nem na Liga 3 da FPF por não apresentar os pressupostos financeiros necessários.

Esta situação levou o clube a criar uma equipa sénior independente da SAD, enquanto ambas as entidades enfrentam processos de insolvência.

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