Boavista paga 55 mil euros a credores e evita encerramento imediato da atividade



O Boavista pagou, na segunda-feira, 55 mil euros aos credores, um passo decisivo para evitar a liquidação do clube.
A confirmação foi dada pelo presidente, Rui Garrido Pereira, que destacou o cumprimento do prazo estipulado pelo tribunal.
Este montante cobriu as despesas correntes de dezembro e a primeira prestação de um plano de pagamentos que se estende até março, prevendo mais três tranches que totalizam 96 mil euros, acrescidos dos encargos mensais definidos pela administradora de insolvência. O sucesso desta operação deveu-se em grande parte a uma campanha pública de angariação de fundos, que mobilizou sócios, adeptos e simpatizantes. O presidente do clube agradeceu a colaboração de todos, incluindo de pessoas sem ligação direta ao Boavista, cujo contributo foi fundamental.
A direção continua também em negociações com entidades públicas e investidores privados para encontrar uma solução financeira sustentável.
Contudo, o clube permanece numa situação limite, uma vez que o incumprimento de qualquer um dos futuros pagamentos poderá levar o tribunal a decretar o encerramento da atividade no prazo de 15 dias. Apesar das dificuldades, a proposta de continuidade do clube foi aprovada em assembleia de credores, permitindo que a instituição se mantenha ativa. O Boavista atravessa um dos períodos mais difíceis da sua história, sem equipa de futebol sénior a competir desde que abdicou de participar na última divisão distrital em outubro. O Estádio do Bessa encontra-se encerrado desde maio e as relações com a SAD, que enfrenta sanções da FIFA que a impedem de inscrever jogadores, são descritas como "inexistentes".

















