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Entre botas rotas e salários inexistentes: o protesto dos bombeiros voluntários por dignidade

Cerca de meia centena de bombeiros voluntários manifestaram-se em Lisboa para exigir o reconhecimento da sua carreira e melhores condições de trabalho, alertando para o abandono a que o setor está votado.
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Dezenas de bombeiros voluntários de todo o país voltaram a protestar nas ruas de Lisboa, numa marcha que começou na Praça do Comércio e terminou em frente à Assembleia da República. Organizado pelo grupo "Bombeiros de Portugal - juntos somos mais fortes", o protesto segue-se a uma vigília de três dias realizada em setembro, com os manifestantes a sentirem-se "completamente esquecidos e abandonados pelo Governo". As reivindicações centram-se em cinco pontos principais: a criação de uma carreira digna, melhores salários, a atribuição de um subsídio de risco e desgaste rápido, a possibilidade de reforma aos 60 anos, e mais financiamento e incentivos para as associações humanitárias. Segundo os organizadores, existem cerca de 30 mil voluntários no país, metade dos quais acumula com a profissão de bombeiro.

Estes voluntários não são remunerados pelas horas que dedicam às corporações, exceto durante a época de incêndios, quando recebem 3,12 euros por hora.

Fora desse período, a compensação resume-se muitas vezes a "uma sandes e um sumo".

A falta de condições e de reconhecimento está a dificultar a atração de jovens para o voluntariado e a levar alguns bombeiros a abandonar a atividade.

Os manifestantes alertam também para as dificuldades materiais, referindo que equipar um bombeiro custa cerca de cinco mil euros e que há operacionais a trabalhar com "as botas rotas". A manifestação contou com a presença de deputados do Chega e do Livre, que se comprometeram a apresentar propostas no Orçamento do Estado para 2026 que contemplem as exigências dos bombeiros, como a criação de um subsídio de risco.

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