Cimeira do Clima em Belém Acelera Acordo Histórico entre UE e Mercosul



O chefe da diplomacia do Brasil, Mauro Vieira, anunciou que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pretende assinar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul a 20 de dezembro. A data foi discutida durante um encontro, descrito como excelente por Vieira, entre Von der Leyen e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na cidade de Belém.
A assinatura está prevista para coincidir com a 42.ª cimeira dos chefes de Estado do Mercosul, que terá lugar no Rio de Janeiro e que integra Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia. A reunião entre os líderes ocorreu no contexto de um encontro de chefes de Estado e de Governo que antecede a cimeira climática da ONU (COP30), também a realizar-se em Belém.
O evento conta com a presença de várias delegações internacionais, incluindo líderes como o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o primeiro-ministro português, Luís Montenegro.
No entanto, foi confirmada a ausência dos líderes dos três países mais poluidores do mundo: China, Estados Unidos e Índia.
Alcançado após 25 anos de negociações e assinado em dezembro de 2024, o acordo comercial UE-Mercosul aguarda ainda a validação final. Este será o maior acordo comercial e de investimento do mundo, abrangendo um mercado de 780 milhões de pessoas, o que equivale a 25% da economia global.
O pacto propõe a eliminação progressiva das barreiras alfandegárias ao longo de 10 anos para a maioria dos produtos e 15 anos para os mais sensíveis, cobrindo 90% dos bens comercializados e proibindo monopólios de importação ou exportação.
As relações diplomáticas entre o Brasil e a UE ganharam um novo dinamismo com a eleição de Lula da Silva em 2023, o que impulsionou a conclusão das negociações. Após os compromissos em Belém, que incluem a participação em mesas temáticas sobre clima e transição energética, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, deslocar-se-á a Santa Marta, na Colômbia, para a IV Cimeira UE-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (UE-CELAC).
Mauro Vieira espera que a crise venezuelana seja um dos temas abordados neste encontro, desvalorizando o impacto de ausências de alguns líderes europeus.
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