
Brasil Reduz Insegurança Alimentar Grave para Mínimo Histórico



De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o Brasil registou uma melhoria notável nos seus índices de segurança alimentar em 2024. A proporção de domicílios em situação de insegurança alimentar grave diminuiu de 4,1% em 2023 para 3,2% em 2024, o que corresponde a cerca de dois milhões de pessoas que saíram desta condição.
Este valor representa o menor patamar da história, igualando o recorde estabelecido em 2013.
Paralelamente, a percentagem de lares com segurança alimentar garantida aumentou de 72,4% para 75,8%, significando que mais 8,8 milhões de pessoas passaram a ter a alimentação como uma garantia quotidiana.
Apesar deste progresso, os dados revelam que os desafios persistem.
Em 2024, um em cada quatro domicílios no Brasil, totalizando 18,9 milhões de lares, ainda enfrentava algum grau de insegurança alimentar. Destes, cerca de 16% viviam com insegurança leve, caracterizada pela incerteza no acesso a alimentos, enquanto 4,5% sofriam de insegurança moderada. A forma mais grave atingiu 3,2% dos lares, o que se traduz em 2,5 milhões de famílias com privação quantitativa de alimentos.
As regiões Norte e Nordeste continuam a ser as mais afetadas por esta problemática.
Estes resultados estão alinhados com uma das principais bandeiras do governo de Lula da Silva, que visa erradicar a fome no país. Um marco importante foi alcançado em julho, quando o Brasil conseguiu sair do mapa da fome das Nações Unidas, no qual tinha reingressado em 2021.
No âmbito internacional, o Presidente brasileiro prepara-se para reforçar o combate à fome. Lula da Silva viajará para Roma na próxima semana para instalar o secretariado da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que ficará sediado na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A visita, agendada para 13 de outubro, coincidirá com a abertura do Fórum Mundial da Alimentação e o 80.º aniversário da FAO. A Aliança, proposta pelo Brasil durante a sua presidência do G20, já conta com a adesão de 103 países e cerca de oitenta organismos multilaterais, incluindo o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Portugal.
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